domingo, 29 de julho de 2018

Ataques podem ser retaliação às mortes de três criminosos


A Polícia Civil investiga a relação entre os incêndios a ônibus e os atentados a prédios públicos, ocorridos na última sexta-feira (27), em Fortaleza e na Região Metropolitana. Uma fonte ligada ao Setor de Inteligência da Segurança Pública afirmou que os ataques seriam uma retaliação às mortes de três criminosos durante confronto com policiais, em Amontada. Os homens fariam parte de um bando que atuava na prática de roubos a bancos, homicídios e tráfico de drogas. Na ocasião, foram mortos Francisco Adriano Martins da Silva, o ‘Macumbeiro’, José Sílvio dos Santos Vieira, o ‘Silveira’; e Francinei Nobre da Silva, o 'Gangão’. O trio era acusado de 30 crimes, conforme a Polícia.
Ataques
Pelo menos nove ônibus foram atacados, entre a tarde e a noite de sexta-feira (27), nos bairros Conjunto Alvorada, Sapiranga, Parque São José, Parque Dois Irmãos, Bela Vista, Álvaro Weyne e Jacarecanga. Não houve vítimas nas ocorrências. 
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), as ações criminosas tiveram início na Rua Olegário Memória. Posteriormente, outros dois ônibus também foram incendiados, na Avenida Evilásio Almeida Miranda e Rua Euclides Onofre de Souza. A quarta ocorrência foi na Avenida Maestro Lisboa, entretanto populares conseguiram debelar as chamas. Tentativas foram registradas nos bairros Álvaro Weyne e Jacarecanga. 
Cinco prédios públicos foram metralhados no mesmo dia, são eles o da Caixa Econômica Federal (CEF), no bairro Carlito Pamplona; da Secretaria Regional IV, na Serrinha; do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), no São Gerardo; da Secretaria Municipal da Segurança Cidadã (Sesec), no Vila União; e uma agência dos Correios, no bairro Jacarecanga. Alguns moradores que observavam os veículos queimados resumiram: “aqui, nós somos cegos, surdos e mudos. Não vamos falar nada”, como uma forma de cumprir a conhecida ‘lei do silêncio’, ordenada pelas facções criminosas dominantes da área. 
Conforme o titular do 26° DP (Edson Queiroz), Alísio Justa, em todas as situações, os criminosos agiram da mesma maneira. “Eles subiram nos ônibus, mandaram os passageiros, o motorista e o cobrador descerem, atearam fogo e fugiram”. 
FONTE: Diário do Nordeste

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