sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Nova pesquisa Datafolha traz mudança de rota e notícia que Lula queria

Revelando uma fotografia estável da eleição, a nova pesquisa Datafolha trouxe mais notícias ruins para Jair Bolsonaro, que caiu um ponto, do que para Lula, que manteve-se estável na disputa.

Parece absolutamente lógica essa afirmação, mas olhando para os detalhes da pesquisa fica claro que o problema para um candidato é bem maior do que para outro, se focarmos apenas nos dois líderes da corrida ao Planalto.

Enquanto o petista manteve os 45% da última semana, o líder da extrema-direita brasileira caiu de 34% para 33%.

A sólida diferença de 12 pontos percentuais a apenas 17 dias do pleito já é bastante preocupante para o atual presidente porque não confirma a tendência de recuperação mais forte de outros levantamentos, como o da Genial/Quaest.

Pior: Bolsonaro começa a ver que o efeito da intervenção na Petrobras, que patrocinou consecutivas baixas nos preços dos combustíveis para angariar o apoio da classe média para ele, pode estar chegando ao fim.

Também já traz a quase certeza de que a PEC Kamikaze, idealizada pelo seu governo para criar benesses às vésperas da eleição, também não teve o efeito esperado.

Lula continua mantendo sólida vantagem entre os mais pobres.

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No grupo que recebe até dois salários mínimos, o petista tem tem 52%, enquanto o atual presidente tem 27%. Se olharmos para quem recebe Auxílio Brasil, que já está sendo pago pelo governo a todo vapor, o ex-presidente tem 57% contra 26%.

A outra notícia desanimadora para Bolsonaro é que o efeito do 7 de Setembro – o vale-tudo do mandatário que o fez crescer dois pontos na semana passada – pode ter sido um “voo de galinha”, já que agora, oito dias depois, ele oscilou para baixo.

O presidente ainda vê, na nova rodada do Datafolha, Lula mantendo uma distância grande entre as mulheres – o petista segue com 46% e Bolsonaro, com 29%.

O chefe de estado tinha ensaiado uma recuperação entre as mulheres, mas, para o instituto, trata-se de um crescimento que havia sido captado somente no segmento evangélico. O mandatário ainda viu sua rejeição aumentar dois pontos percentuais.

Enquanto isso, o maior problema de Lula é estar com 48% dos votos válidos, aquele cálculo que desconsidera brancos e nulos. Se tiver 50% mais um voto, o petista vence no primeiro turno.

Em maio, chegou a ter 54% desses votos validos. Da última semana para esta, manteve os 48%.

Mas… ainda dá para sonhar com o dia 2 de outubro.


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