terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Há 104 anos, nascia Luiz Gonzaga , O Rei do Baião



Papel de parede 100 anos de Luiz Gonzaga! - ESPAÇO EDUCAR - espacoeducar.net







Luiz Gonzaga do Nascimento, conhecido como o Rei do Baião, (Exu, 13 de dezembro de 1912  Recife, 2 de agosto de 1989) foi um compositor e cantor[2], uma das mais completas, importantes e inventivas figuras da música popular brasileira[3]. Cantando acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo, levou as festas juninas e os forrós pé-de-serra, bem como o relato sobre a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o sertão nordestino, ao resto do país, numa época em que a maioria desconhecia o baião, o xote e o xaxado.
Admirado por músicos como Dorival CaymmiGilberto GilRaul SeixasCaetano Veloso, o genial instrumentista e sofisticado criador de melodias e harmonias,[4] ganhou notoriedade com as antológicas canções "Baião" (1946), "Asa Branca" (1947), "Siridó" (1948), "Juazeiro" (1948), "Qui Nem Jiló" (1949) e "Baião de Dois" (1950).[2]

Primeiros anos

Nasceu na sexta-feira, dia 13 de dezembro de 1912, numa casa de barro batido na Fazenda Caiçara, povoado do Araripe, a 12 km da área urbana de Exu (extremo oeste do estado de Pernambuco, a 610 km do Recife, a 69 km de Crato (Ceará) e a 80 km de Juazeiro do NorteCE). Foi o segundo filho de Ana Batista de Jesus Gonzaga do Nascimento, conhecida na região por ‘Mãe Santana’, e oitavo de Januário José dos Santos do Nascimento. O padre José Fernandes de Medeiros o batizou na matriz de Exu em 5 de janeiro de 1920[5][6].
Deveria ter o mesmo nome do pai, mas na madrugada em que nasceu, seu pai foi para o terreiro da casa, viu uma estrela cadente muito luminosa e mudou de ideia. Era também o dia de Santa Luzia e também mês do Natal, o que explica seu nome, "Luiz",que foi dado em homenagem a Santa Luzia, a estrela cadente e ao natal. Este nome tem tudo a ver com a época que nascera, e quer dizer "brilho, luz".
A cidade que nascera fica ao sopé da Serra do Araripe, e inspiraria uma de suas primeiras composições, "Pé de Serra". Seu pai trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão; também consertava o instrumento. Foi com ele que Luiz aprendeu a tocá-lo. Não era adolescente ainda quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sudeste do Brasil.[4] O gênero musical que o consagrou foi o baião.[2] A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, composta em 1947 em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira.
Antes dos dezoito anos, Luiz teve sua primeira paixão: Nazarena, uma moça da região. Foi rejeitado pelo pai dela, o coronel Raimundo Deolindo, que não o queria para genro, pois ele não tinha instrução, era muito jovem e sem maturidade para assumir um compromisso. Revoltado com o rapaz, ameaçou-o de morte. Mesmo assim Luiz e Nazarena namoraram por meses escondidos e planejavam casar-se. Januário e Ana, pais de Luiz, lhe deram uma surra ao descobrirem que ele se envolveu com a moça sem a permissão da família dela, e ainda mais por Luiz tê-la desonrado: Os dois disseram isto propositalmente, com o intuito de serem obrigados a se casar. Na época, a moça tinha que casar virgem e se houvesse relação sexual antes do matrimônio o homem era obrigado a casar-se ou morreria. Nazarena revelou ao pai o ocorrido e foi espancada por ele. Por sorte Nazarena não engravidou de Luiz. O Coronel Raimundo ficou enfurecido e tentou matar Luiz, que o enfrentou na luta. Raimundo revela que, mesmo desonrada, iria arrumar um casamento para a filha com um amigo mais velho que já sabia da situação dela, ou a internaria num convento, mas com Luiz ela não se casaria. Revoltado por não poder casar-se com Nazarena, e por não querer morrer nas mãos do pai dela, Luiz Gonzaga saiu de casa e ingressou no exército no Crato. Durante nove anos viajou por vários estados brasileiros, como soldado, sem dar notícias à família. A partir de então passou a se relacionar com diversas mulheres, mas sem compromisso de namoro.

Carreira

Antes de ser o rei do baião, conheceu Domingos Ambrósio, também soldado e conhecido na região pela sua habilidade como acordeonista. A partir daí começou a se interessar pela área musical.
Em 1939, deu baixa do exército na cidade do Rio de Janeiro: Estava decidido a se dedicar à música. Na então capital do Brasil, começou por tocar nas áreas de prostituição da cidade. No início da carreira, apenas solava acordeão em chorossambasfoxtrotes e outros gêneros da época. Seu repertório era composto basicamente de músicas estrangeiras que apresentava, sem sucesso, em programas de calouros. Apresentava-se com o típico figurino do músico profissional: paletó e gravata. Até que, em 1941, no programa de Ary Barroso, foi aplaudido executando Vira e Mexe, com sabor regional, de sua autoria.[7] O sucesso lhe valeu um contrato com a gravadora RCA Victor, pela qual lançou mais de 50 músicas instrumentais. Vira e mexe foi a primeira música que gravou em disco.
Veio depois sua primeira contratação, pela Rádio Nacional. Lá conheceu o acordeonista gaúcho Pedro Raimundo, que usava trajes típicos da sua região. Daí surgiu a ideia de apresentar-se vestido de vaqueiro, figurino que o consagrou como artista.
Em 11 de abril de 1945, gravou sua primeira música como cantor, no estúdio da RCA Victor: a mazurca Dança Mariquinha em parceria com Saulo Augusto Silveira Oliveira.
Entre 1951 e 1952 o Colírio Moura Brasil celebrou um contrato de puro teor promocional com o cantor, então o maior nome de cultura de massa no Brasil, custando-lhe a excursão por todo o país, fato este registrado por Gilberto Gil.[8]

Vida pessoal e familiar

Cansado de passar as madrugadas cantando e bebendo ao em bares e bordéis do Rio de Janeiro, dormindo na casa de amigos, e vivendo aventuras sexuais com mulheres casadas, viúvas, solteiras e prostitutas, Luiz estava procurando formar um lar, ter sua família, uma mulher para ser sua esposa e mãe de seus filhos. Foi quando em 1945conheceu em uma casa de shows da área central do Rio uma cantora de coro e samba, chamada Odaléia Guedes dos Santos, conhecida por Léia. Logo ele procurou saber de sua vida, e pediu para sair com ela. O caso amoroso, a princípio sem importância, e que toda noite, após bebidas e dança, terminava na cama, foi dando espaço a um sentimento maior, e então Luiz se viu apaixonado, como não se sentia desde quando amou Nazarena. Ele a pediu em namoro, após dois meses saindo juntos, e ela aceitou, mas antes de aceitar, teve que lhe fazer uma revelação: estava grávida, e o filho não era de Luiz. Logo ele ficara enfurecido, a humilhou, a acusando de traição, mas ela pôde provar pelos seus 5 meses de gestação, embora não aparentes devido a sua magreza, que já estava grávida antes de conhecer Luiz. Sabendo que sua namorada seria mãe solteira, tirou-a da pensão em que morava, alugou uma casa, e assumiu a paternidade da criança, um menino, que Luiz adotou, dando-lhe seu nome: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior.
Odaléia, que além de cantora de coro era sambista, revelou sua história a Luiz: poucos meses antes de se conhecerem, ela morava com os pais e se apaixonou por um homem mais velho. Ele fora seu primeiro namorado, e a família não permitia a relação, por Odaléia ainda ser muito jovem. Mesmo contra a vontade dos pais, a moça se encontrava com o homem num hotel da região sempre que podiam. Ele a convenceu a se entregar para ele pois a prometeu em casamento. Odaléia descobriu-se grávida com 20 dias de gestação, e ficou desesperada, mas ao saber da gestação, o homem a humilhou, a agrediu e a abandonou, revelando ser casado, e alegando que não poderia arcar com esse compromisso. Arrasada, contou tudo aos pais e apanhou do pai, sendo expulsa de casa com a roupa do corpo. Sem ter para onde ir, foi parar nas ruas, pediu esmolas e teve que se prostituir para conseguir comida. Ao completar três meses de gestação e ainda nessa vida de meretriz, onde foi orientada por todos a abortar a criança, o que ela foi veementemente contra, surgiu uma luz ao fim do túnel, quando, em uma das festas do bordel, subiu ao palco para cantar, pois uma das meninas não pôde se apresentar naquele dia. Sem nunca ter se apresentado antes, deu um grande show, ficando emocionada. No fundo, cantar era seu maior sonho. Ela foi observada por um grupo de sambistas e cantores que frequentavam aquela zona. Logo eles ficaram encantados e viram que o lugar dela não era ali. Rapidamente eles a chamaram para um teste numa rádio,e Odaléia passou. Eles quitaram sua dívida com os cafetões e Odaléia finalmente teve seu talento para cantar e dançar descoberto. Ela alugou um quarto de pensão para morar, e acabou passando a se apresentar em casas de samba no Rio, quando conheceu Luiz.[2] Foi morar com Luiz; a relação entre eles ia bem no começo, com romantismo e cumplicidade, mas começou a se desestabilizar. A relação com Luiz se tornou muito conflituosa: Odaléia era muito ciumenta, assim como Luiz, que, cansado das cobranças da esposa, passou a beber muito e traí-la. Cansada das humilhações constantes, onde Luiz, ao beber, a agredia e lhe jogava na cara seu passado de mulher da vida, Odaléia saiu de casa com o filho, e assim, o casal acabou separando‐se com menos de dois anos de convivência, embora Luiz tenha tentado reatar. Luiz a buscou na pensão onde ela voltou a viver, e não aceitava que ela saísse daquela casa, e então, decidiu sair e deixá-la lá com o filho. Léia, então, voltou a trabalhar como dançarina e cantora, e criou o filho sozinha, mas Luiz a ajudava financeiramente e visitava o menino.
Em 1946, Luiz voltou pela primeira vez a Exu, sua cidade natal e reencontrou seus pais, Januário e Ana, que havia anos não sabiam nada sobre o filho e sofreram muito esse tempo todo. O reencontro com seu pai é narrado em sua composição Respeita Januário, em parceria com Humberto Teixeira. Ele ficou meses vivendo com os pais e irmãos, mas logo voltou ao Rio de Janeiro.
Ao chegar ao Rio, ainda em 1946, conheceu a professora pernambucana Helena Cavalcanti, em um show que fez. Logo ficaram amigos, e com o tempo, começaram a namorar: Luiz viu que ela era uma mulher que se dava muito ao respeito e não permitia intimidades maiores antes do matrimônio, além de nunca ter tido um namorado. Também admirava o fato dela ser formada e independente. Logo ele percebeu que ela era o modelo ideal de esposa: estava apaixonado, e percebeu estar amando-a, mais do que sentiu por qualquer outra mulher. Ele precisava de uma secretária para cuidar de sua agenda de shows e de seu patrimônio financeiro, e antes de a pedir em namoro, quis estreitar mais os laços e tirar a timidez dela, a convidando para ser sua secretária. Helena precisava de um salário extra para ajudar os pais, já idosos, com quem ainda morava, e aceitou: nos dias em que não dava aula para crianças do primário, cuidava das finanças de Luiz em um escritório que ele montara. Eles noivaram em 1947 e casaram-se civil e religiosamente em 1948. O casal permaneceu junto, felizes até o fim da vida de Luiz. Não tiveram filhos biológicos: Helena tentou engravidar de todas as formas e não conseguia, devido a diversos transtornos do aparelho reprodutivo, que tinha desde adolescente, o que quase arruinou o casamento: Helena não achava que Luiz merecia uma mulher infértil, e queria se separar para ele poder ter os filhos que quisesse e Luiz estava triste por nunca ter tido filhos biológicos, mas não queria perder a esposa, e então, ele deu a ideia de adotar uma criança. Pelo casal ser legalmente cônjuges, além de terem renda fixa e profissão, o processo foi facilitado. Alguns anos mais tarde, conseguiram adotar uma menina recém nascida, a quem batizaram de Rosa Cavalcanti Gonzaga do Nascimento.[9]
Ainda em 1947, Léia morreu de tuberculose, devido a depressão de ter se separado de Luiz, onde se entregou ao vício do álcool e fumo. Luiz ficou desesperado ao saber da morte de sua ex. O filho deles, apelidado de Gonzaguinha, ficou órfão com dois anos e meio. Luiz queria levar o menino para morar com ele e Helena e pediu para a mulher criá-lo como se fosse dela, mas Helena não aceitou, juntamente com sua mãe Marieta, que achava aquilo um absurdo, já que nem filho verdadeiro de Luiz era. O casal na época ainda não tinham adotado Rosa, e Helena queria uma filha, não um filho, e também não queria nenhuma ligação com o passado do marido, e mandou ele escolher entre ela ou a criança. Luiz, muito abalado, decidiu manter o casamento, e não viu saída: Entregou o filho para seus compadres, os padrinhos de batismo da criança, o casal Leopoldina, apelidada de Dina, e Henrique Xavier Pinheiro. Este casal, apesar de muito pobre, criou o menino com seus outros filhos no Morro do São Carlos. Luiz sempre visitava Gonzaguinha e o sustentava financeiramente. Xavier o considerava filho de verdade e lhe ensinava viola, e o menino teve em Dina uma mãe.[9]
Os anos passaram. Luiz não se dava bem com o filho ainda apelidado de Gonzaguinha. O rapaz jamais aceitou o pai ter ficado com a esposa e aberto mão de criá-lo. Luiz Gonzaga passou a visitar cada vez menos o filho durante a infância dele, já que a esposa não queria que ele ficasse indo vê-lo toda hora. Gonzaguinha sentia-se triste, e sempre que o via, discutia com o pai. Luiz ficava muito mal com as atitudes do filho e achava que ele não teria um bom futuro, imaginando que se tornaria um malandro ao crescer, já que o menino tinha amizades ruins no morro, vivendo com malandros tocando viola pelos becos da favela. Dina e Xavier tentavam unir pai e filho, mas Helena queria mais a proximidade deles, e passou a espalhar para todos que Luiz era estéril e não era o pai de Luizinho. Isso acarretava brigas entre ele e Helena, que usava a filha Rosa, dizendo que se ele não parasse de visitar o filho, Luiz não veria mais a menina. Luiz Gonzaga ficava furioso com os ataques de ciúme e chantagem de Helena, e sempre desmentia para todos a história da paternidade de Luizinho, já que não queria que ninguém soubesse que o menino era seu filho somente no registro civil. Amava o menino de fato, independente de não ser seu filho de sangue.[9]
Na adolescência, o jovem Luizinho se tornou rebelde: Não aceitou o pedido do pai de ir morar com ele, mesmo que para isso ele tenha que se separar da esposa. Luizinho amava os padrinhos como seus pais biológicos. Tudo piorou quando ele ouvia boatos sobre sua paternidade, e enfim, após uma grande explosão de raiva e discussão, descobriu não ser filho verdadeiro de Luiz Gonzaga, que tentou a todo custo desmentir esta história para ele, até que teve que ter uma conversa franca, e contou toda a história que o uniu a mãe dele, uma dançarina e cantora de coro e samba, além de ex-prostituta, abandonada grávida pelo primeiro namorado. Esta história revoltou Luizinho, que parou de falar com o pai. Ele só ouvia conselhos de Xavier e Dina, e os chamava de pai e mãe. Apesar da infância pobre, cresce feliz ao lado dos irmãos de criação e dos pais de acolhimento. Nesta época Gonzaguinha contraiu tuberculose, aos 14 anos, e quase morreu. O tempo passou e aos 16 anos, Luiz o pegou para o criar e o levou a força para a Ilha do Governador, onde morava, mas por ser muito autoritário e a esposa destratar o garoto, o que gerava brigas entre Luiz e Helena, Gonzaga mandou o filho ao internato. Luiz Gonzaga enfrentou a esposa, e disse que se quisesse, ela poderia ir embora, mas que Luizinho ficaria morando com eles, e que ela tentasse tirar Rosa dele, iria na justiça. Helena saiu de casa com a filha e ficou alguns meses morando com os pais e a filha, e Luiz ia visitá-las, até que voltou para seu lar. Helena detestava o rapaz e vivia implicando com ele, humilhando, e por isso Gonzaguinha também não gostava da madrasta, o que os afastou e causou mais brigas entre pai e filho, quando Luizinho passou a beber e trazer amigos e mulheres para dentro de casa na ausência da família, o que fez com que Luiz passasse dar razão à esposa. Não vendo medidas, internou o jovem em um colégio interno, para desespero de Dina e Xavier. Logo depois ele voltou, mas Luiz o internou novamente e ele só saiu de lá aos 18.[4]
Ao crescer, a relação ficou mais tumultuada, pois o filho se tornou um malandro, viciado em bebidas alcoólicas. Gonzaguinha resolveu se tratar e concluiu a universidade, tornando músico como o pai. Pai e filho ficaram mais unidos quando, em 1979, viajaram o Brasil juntos, compondo juntos. Se Tornaram, enfim, amigos.
Luiz era maçom e compôs "Acácia Amarela" com Orlando Silveira. Foi iniciado na Paranapuan, Ilha do Governador, em 3 de abril de 1971.

Últimos anos, morte e legado

Estátua de bronze que, com a de Jackson do Pandeiro, fica de frente ao Açude Velho, Campina GrandePBBrasil).
Luiz Gonzaga sofreu de osteoporose por anos. Em 2 de agosto de 1989, morreu vítima de parada cardiorrespiratória no Hospital Santa Joana, na capital pernambucana.[4]. Foi velado em Juazeiro do Norte (a contragosto de Gonzaguinha, que pediu que o corpo fosse levado o mais rápido possível para Exu, irritando várias pessoas que iriam ao velório e tornando Gonzaguinha uma pessoa mal vista em Juazeiro do Norte) e posteriormente sepultado em seu município natal.[9]
Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga é uma homenagem ao cantor.[10]
Em 2012 Luiz Gonzaga foi tema do carnaval da GRES Unidos da Tijuca, no Rio de Janeiro, com o enredo "O Dia em Que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida para Coroar o Rei Luiz do Sertão", fazendo com que a escola ganhasse o carnaval carioca daquele ano.[11]
Ana Krepp, da Revista da Cultura escreveu: "O rei do baião pode ser também considerado o primeiro rei do pop no Brasil. Pop, aqui, empregado em seu sentido original, de popular. De 1946 a 1955 foi o artista que mais vendeu discos no Brasil, somando quase 200 gravados e mais de 80 milhões de cópias vendidas. 'Comparo Gonzagão a Michael Jackson. Ele desenhava as próprias roupas e inventava os passos que fazia no palco com os músicos', ilustra [o cineasta] Breno [Silveira, diretor de Gonzaga — De pai para filho]. Foi o cantor e músico e também o primeiro a fazer uma turnê pelo Brasil. Antes dele, os artistas não saíam do eixo Rio-SP. Gonzagão gostava mesmo era do showbiz: viajar, fazer shows e tocar para plateias do interior."[12]
Em 2012, o filme de Breno Silveira Gonzaga, De Pai Pra Filho, narrando a relação conturbada de Luiz com o filho Gonzaguinha, em três semanas de exibição já alcançara a marca de um milhão de espectadores.[13]

Homenagem filatélica

Em 13 de dezembro de 2012 o Correio Brasileiro, seguindo uma tradição filatélica, emitiu um selo postal em homenagem ao centenário de nascimento de Luiz Gonzaga.[14]

Sucessos[

  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’ (1950), A dança da moda
  • Almeida, Onildo (1957), A feira de Caruaru
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’ (1953), A letra I
  •    ; Barbalho, Nelson (1963), A morte do vaqueiro
  • do Assaré, Patativa (1964), A triste partida
  • Cordovil, Hervé; do Nascimento, Luiz Gonzaga (1953), A vida do viajante
  • Dantas, José ‘Zé’ (1952), Acauã
  •     (1962), Adeus, Iracema
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’ (1953), Á-bê-cê do sertão.
  • Cordovil, Hervé; Araújo, Manuel ‘Manezinho’ (1952), Adeus, Pernambuco
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’ (1953), Algodão
  • Beduíno; do Nascimento, Luiz Gonzaga (1951), Amanhã eu vou
  • Amor da minha vida1960
  • Teixeira, Humberto; Gonzaga, Luiz (1947), Asa Branca
  •    ; Gonzaga, Luiz (1950), Assum-preto
  • Ricardo, Júlio; de Oliveira (1964), Ave-maria sertaneja
  • Teixeira, Humberto; Gonzaga, Luiz (1946), Baião
  • Nasser, Davide Morais, Guio (1951), Baião da Penha
  • Araújo, Manuel ‘Manezinho’; Renato, José ‘Zé’ (1952), Beata Mocinha
  • Gonzaga júnior, Luiz ‘Gonzaguinha’; Gonzaga, Luiz (1965), Boi bumbá
  • Cavalcanti, Armando; Caldas, Clécius (1950), Boiadeiro
  • Cacimba Nova, 1964
  • Portela, Jeová; Gonzaga, Luiz (1946), Calango da lacraia
  • Roxo, Amorim; Gonzaga, José ‘Zé’ (1998), "O Cheiro de Carolina", Sua Sanfona e Sua Simpatia
  • Chofer de praça, 1950
  • Cavalcanti, Armando; Caldas, Clécius (1951), Cigarro de paia
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’ (1950), Cintura fina
  • Portela, Jeová; do Nascimento, Luiz Gonzaga; Lima, Miguel (1945), Cortando pano
  • Silva, João; Oseinha (1987), De Fiá Pavi
  • Barroso, Carlos; Teixeira, Humberto (1950), Dezessete légua e meia
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’ (1954), Feira de gado
  • do Nascimento, Alcebíades (1948), Firim, firim, firim
  • Marcolino, José; do Nascimento, Luiz ‘Lua’ Gonzaga (1965), Fogo sem fuzil
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga (1964), Fole gemedor
  •    ; Dantas, José ‘Zé’ (1950), Forró de Mané Vito
  • Dantas, José ‘Zé’ (1962), Forró de Zé Antão
  • Ramos, Severino, Forró de Zé do Baile
  • de Castro, Jorge; Ramos, José ‘Zé’ (1955), Forró de Zé Tatu
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga (1957), Forró no escuro
  •     (1944), Fuga da África
  • Queiroga, Luiz; Almeida, Onildo (1967), Hora do adeus
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’ (1952), Imbalança
  • Gonçalves, AlcidesRodrigues, Lupicínio (1952), Jardim da saudade
  • Rodrigues, Lupicínio (1952), Juca
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’ (1954), Lascando o cano
  • Teixeira, Humberto; do Nascimento, Luiz Gonzaga (1949), Légua tirana
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga ‘Gonzaguinha’ júnior (1964), Lembrança de primavera
  • Granjeiro, Raimundo (1963), Liforme instravagante
  • Teixeira, Humberto; do Nascimento, Luiz Gonzaga (1949), Lorota boa
  • Torres, Raul (1948), Moda da mula preta
  • de Araújo, Sílvio Moacir; do Nascimento, Luiz Gonzaga (1953), Moreninha tentação
  • de Morais, Guio (1950), No Ceará não tem disso, não
  • Teixeira, Humberto; do Nascimento, Luiz Gonzaga (1947), No meu pé de serra
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’ (1954), Noites brasileiras
  • Marcolino, José; do Nascimento, Luiz Gonzaga (1964), Numa sala de reboco
  • Guimarães, Luiz (1965), O maior tocador
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’ (1953), O xote das meninas
  • Cavalcante, Rosil (1962), Ô véio macho
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; padre Gothardo (1981), Obrigado, João Paulo
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; Valença, Nelson (1973), O fole roncou
  • Barros, Antônio (1967), Óia eu aqui de novo
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; Peter Pan (1951), Olha pro céu
  • Soares, Elias (1967), Ou casa, ou morre
  • Lima, Miguel; Paraguaçu (1946), Ovo azul
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; Granjeiro, Raimundo (1955), Padroeira do Brasil
  • Valente, Assis; do Nascimento, Luiz Gonzaga (1946), Pão-duro
  • Marcolino, José; do BNascimento, Luiz Gonzaga (1962), Pássaro carão
  • de Morais, Guio; do Nascimento, Luiz Gonzaga (1952), Pau-de-arara
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’ (1955), Paulo Afonso
  •     (1942), Pé de serra
  •    ; Lima, Miguel (1945), Penerô xerém
  •    ; Lima, Miguel (1946), Perpétua
  • de Araújo, Sílvio Moacir (1952), Piauí
  • Albuquerque; Silva, João (1965), Piriri
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; Simon, Vítor (1950), Quase maluco
  •    ; Lima, Miguel (1947), Quer ir mais eu?
  • Quero chá, 1965
  • Padre sertanejo, 1964
  • Teixeira, Humberto; do Nascimento, Luiz Gonzaga (1950), Respeita Januário
  • Ramalho, Luiz; do Nascimento, Luiz Gonzaga (1974), Retrato de Um Forró
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’ (1955), Riacho do Navio.
  •    ; Dantas, José ‘Zé’ (1951), Sabiá
  •    ; Guimarães, Luiz (1964), Sanfona do povo
  • Almeida, Onildo (1962), Sanfoneiro Zé Tatu
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’ (1952), São-joão na roça
  •    ; Dantas, José ‘Zé’ (1956), Siri jogando bola
  • Asfora, Raimundo; Cavalcante, Rosil, Tropeiros da Borborema
  • do Nascimento, Luiz Gonzaga; Dantas, José ‘Zé’ (1950), Vem, morena
  •     (1941), Vira-e-mexe
  • Teixeira, Humberto; do Nascimento, Luiz Gonzaga (1950), Xanduzinha
  • Clementino, José (1967), Xote dos cabeludos

Discografia

AnoÁlbum
1951— Olha pro Céu
1954— A História do Nordeste
1954— Luiz Gonzaga e Januário
1956— Aboios e Vaquejadas
1957— O Reino do Baião
1958— Xamego
1961— Luiz "LUA" Gonzaga
1962— Ô Véio Macho
1962— São João na Roça
1963— Pisa no Pilão (Festa do Milho)
1964— A Triste Partida
1964— Sanfona do Povo
1965— Quadrilhas e Marchinhas Juninas
1967— O Sanfoneiro do Povo de Deus
1967— Óia Eu Aqui de Novo
1968— Canaã
1968— São João do Araripe
1970— Sertão 70
1971— O Canto Jovem de Luiz Gonzaga
1971— São João Quente
1972— Aquilo Bom!
1972— Volta pra Curtir (Ao Vivo)
AnoÁlbum
1973— Luiz Gonzaga
1974— Daquele Jeito...
1974— O Fole Roncou
1976— Capim Novo
1977— Chá Cutuba
1978— Dengo Maior
1979— Eu e Meu Pai
1979— Quadrilhas e Marchinhas Juninas, vol. 2 — Vire Que Tem Forró
1980— O Homem da Terra
1981— A Festa
1981— A Vida do Viajante — Gonzagão e Gonzaguinha
1982— Eterno Cantador
1983— 70 Anos de Sanfona e Simpatia
1984— Danado de Bom
1984— Luiz Gonzaga & Fagner
1985— Sanfoneiro Macho
1986— Forró de Cabo a Rabo
1987— De Fiá Pavi
1988— Aí Tem
1988— Gonzagão & Fagner 2 — ABC do Sertão
1989— Vou Te Matar de Cheiro
1989— Aquarela Nordestina
1989— Forrobodó Cigano
1989— Luiz Gonzaga e sua Sanfona, vol. 2






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