A partir desta sexta-feira, o PT irá governar um universo de 4,1 milhões de pessoas distribuídas em todos os estados brasileiros.
Para a direção nacional do partido, os resultados obtidos nas eleições municipais do ano passado demonstraram mais uma vez a superação da sigla ao desafiar setores poderosos que há anos tentam excluí-la da vida política nacional. Além disso, essa foi uma campanha eleitoral atípica, devido às restrições provocadas pela pandemia do novo coronavírus. Sem contar ainda com a já tradicional censura promovida pela grande mídia ao PT e inúmeras as fake news espalhadas pelas redes sociais contra as candidaturas da esquerda, em especial as do PT.
Segundo a avaliação política do Diretório Nacional, ao contrário do que previam os porta-vozes do antipetismo, o partido conseguiu “manter sua votação em nível nacional e sua presença em todo o país, numa conjuntura política extremamente difícil e numa campanha limitada pela pandemia e seus desdobramentos”, apesar do resultado ter ficado aquém das expectativas.
Conforme o balanço da direção nacional do PT divulgado pela presidenta Glesi Hoffmann, em 2020 “verificou-se um deslocamento da votação do partido das pequenas para as maiores cidades em relação às eleições de 2016. O partido dobrou a sua participação no segundo turno, de 7 para 15 cidades, vencendo em 4 e com desempenho acima dos 40% dos votos em outras 9”.
Com relação às capitais, o petista Edilson Moura toma posse nesta sexta-feira como vice-prefeito de Belém (PA), ao lado do prefeito Edmilson Rodrigues, do PSOL.
Também em 2021 o PT retorna ao poder municipal em cidades historicamente ligadas à sua trajetória, com destaque para Contagem (MG), mais Diadema e Mauá, ambas localizadas na região do Grande ABC em São Paulo.
Marília Campos, prefeita por dois mandatos anteriores em Contagem, toma posse novamente na importante cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte. José di Filippi, que já governou Diadema por três mandatos, assume hoje pela quarta vez o cargo, enquanto que em Mauá, o ex-vereador Marcelo Oliveira governará a cidade pelos próximos quatro anos.
Além das três, o PT também governará Juiz de Fora (MG), que elegeu a então deputada federal Margarida Salomão como a primeira mulher para comandar a cidade, que irá experimentar pela primeira vez o Modo Petista de governar.
Ao todo serão cerca de dois milhões de pessoas governadas pelo PT nos quatro grandes centros urbanos conquistados durante o segundo turno da eleição.
Consolidação de gestões
Durante o primeiro turno das eleições o partido elegeu 179 prefeitos e prefeitas que governarão um total de 3,9 milhões de habitantes distribuídos por todos os estados brasileiros.
Nessa fase também foram reeleitos prefeitos petistas de cidades importantes, como Ari Vanazzi, em São Leopoldo (RS), Daniel Sucupira, em Teófilo Otoni (MG) e Edinho Silva, em Araraquara (SP), que tomam posse novamente a exemplo de outros gestores e gestoras em diversas cidades de médio porte do país.
O deputado José Guimarães (PT-CE), que coordenou o Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) nacional, comparou os cenários eleitorais de 2016 e agora em 2020.
“Em 2016, o PT enfrentou campanha difamatória midiática, o impeachment fraudulento de Dilma Roussef e a perseguição promovida por Moro contra Lula para tirá-lo do pleito presidencial que iria acontecer dois anos depois. Neste ano, a votação em candidatos e candidatas do PT em 25 capitais e 70 cidades com mais de 200 mil eleitores aumentou 20% em relação a 2016”, escreveu ele.
Guimarães lembrou ainda o aumento da votação do PT nas eleições para prefeito.
“Nas eleições majoritárias, em 2016 o PT teve 6.843.575 votos; neste ano, 6.971.136 votos. O partido está presente em todos os grandes centros urbanos, ao contrário de 2016, quando estava no auge a perseguição midiática e judicial contra a agremiação e Lula”.
Inovação nas Câmaras Municipais
O PT também se destacou como a sigla que obteve proporcionalmente a maior votação para vereadores nas Câmaras Municipais de 38 cidades com mais de 500 mil habitantes, ficando à frente do DEM, Republicanos, PSDB, PSD e MDB. Nesses municípios, vivem nada menos que 37% da população brasileira.
Outro registro importante diz respeito à renovação, pois o partido elegeu 569 vereadores e vereadoras com menos de 35 anos, além de 15 prefeitos e prefeitas jovens também nesta faixa etária. E pela primeira vez negros(as) e pardos(as) são maioria entre vereadores e vereadoras eleitos pelo PT.
Também cresceu o percentual de mulheres eleitas, contemplando de maneira mais diversa do que antes LGBTI, indígenas, negras e jovens mulheres.
Da Redação. Site do PT
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