Jhully estava em um evento alusivo ao Dia Internacional da Mulher quando precisou entrar na sede municipal para ir ao banheiro e foi surpreendida por um guarda
Ela estava junto a uma amiga cisgênero. O guarda municipal "mandou" Jhully ir ao banheiro masculino e pediu que somente a colega dela entrasse na ala feminina.
"É inadmissível que em um dia como hoje [Dia Internacional da Mulher], eu sofra essa violência. Eu disse para ele que é meu direito e que eu iria usar o banheiro de acordo com minha identidade de gênero", comenta Jhully.
"Reivindicamos nosso direito para que profissionais possam aprender a respeitar a população trans e travesti. Esse espaço é nosso. Se eu me reconheço como mulher, tenho que usar o banheiro que me cabe".
Procurada pelo Diário do Nordeste, a Prefeitura de Crato informou que "até o momento" não foi feita uma denúncia sobre o caso e que só serão instaurados procedimentos para apurar o caso seja realizada uma notificação.
A gestão não soube responder se o servidor municipal em questão será capacitado para que casos como o de Jhully não ocorram novamente.
TRANSFOBIA EM ACADEMIA
Em maio de 2022, Jhully foi impedida de realizar a matrícula em uma academia "exclusivamente feminina" no bairro Pirajá, em Juazeiro do Norte,
À reportagem, Jhully Carla disse que procurou a academia por indicação de uma amiga e também pela proximidade de sua casa. Ela ainda argumentou que essa não é a primeira vez que o estabelecimento é acusado do crime de transfobia, e que outra mulher transexual também já passou por episódio parecido.
Escrito por Matheus Facundo, (Diário do Nordeste)
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