Os partidos, por meio dos seus representantes, sabem onde lhes apertam os calos. Cada um tem mais filiados enrolados com a justiça. Todos dependem da boa vontade dos juízes que têm a força para selar o seu destino. A Justiça Eleitoral, mas não só, é contra a volta do voto impresso. Então por que contrariá-la?
É menos arriscado contrariar Jair Bolsonaro que defende a volta do voto em cédula. Tanto mais porque ele, hoje, é um presidente enfraquecido – perde para Lula nas pesquisas de intenção de voto, e acaba de ser atingido pela denúncia de que acobertou a compra superfaturada da vacina indiana Coaxin.
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, antecipou a Bolsonaro as dificuldades para aprovação no Congresso de emenda à Constituição que troca o voto eletrônico pelo impresso. Na Câmara, com um esforço hercúleo, ela até poderia passar, mas custaria caro. No Senado, dificilmente passaria.
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