segunda-feira, 19 de abril de 2021

Capitão da PM se recusa a usar máscara em abordagem e recebe multa de R$ 300 no litoral de SP

Capitão se recusou a usar máscara durante abordagem da Guarda Civil Municipal de Santos, SP — Foto: Reprodução
Capitão se recusou a usar máscara durante abordagem da Guarda Civil Municipal de Santos, SP — Foto: Reprodução

Policial militar foi abordado durante blitz em Santos, e inicialmente se recusou a passar seus dados, segundo a Associação dos Guardas Civis Municipais da Baixada Santista.


Um capitão da Polícia Militar de folga foi multado em R$ 300 após se recusar a usar máscara, enquanto caminhava pelo calçadão da praia de Santos, no litoral de São Paulo. Guardas civis municipais o abordaram durante uma blitz, e a PM também precisou ser acionada para reforçar a ação, já que o militar se recusava a passar seus dados para a elaboração da multa.

Segundo a Guarda Civil Municipal (GCM), a blitz era realizada na Praça das Bandeiras, no bairro Gonzaga, por volta das 11h15 de sexta-feira (16). O policial andava sem a máscara e não tinha nenhuma com ele. Segundo a Associação dos Guardas Civis Municipais da Baixada Santista, o capitão ofendeu os guardas que o abordaram, e se recusou a passar os dados pessoais para elaboração da multa. Ele só se identificou após uma viatura da Polícia Militar passar pelo local.

Após a insistência dos agentes, e com o apoio da PM, a guarda conseguiu aplicar a multa no valor de R$ 300. Conforme a Prefeitura de Santos, a autuação só é aplicada quando o morador ou turista não tem a máscara consigo, ou se recusa a usá-la.

A Associação dos Guardas Civis Municipais da Baixada Santista lamentou a postura do capitão, que também é um agente de segurança pública. "É lamentável esse tipo de postura de um capitão da Polícia Militar em descumprir a legislação, e ainda desrespeitar a autoridade de um guarda civil municipal no seu estrito cumprimento do dever legal", diz a nota da associação.


Polícia Militar

G1 questionou a Polícia Militar sobre o caso. Em nota, a corporação esclareceu que, conforme determina a legislação estadual e municipal, o policial militar envolvido na ocorrência foi autuado pela GCM de Santos. A PM informou, ainda, que os policiais fizeram um boletim de ocorrência de natureza 'apoio a outros órgãos' para posterior apuração dos fatos.

A Polícia Militar esclarece que determina a todos os policiais militares a cumprirem as medidas sanitárias impostas pelos órgãos de saúde quando em serviço. Orienta, também, que tais cuidados sejam executados nos horários de folga. No caso específico, a PM prestou apoio para que a Guarda Municipal de Santos cumprisse sua obrigação.

G1 não localizou o capitão da PM até a última atualização desta reportagem.

Caso desembargador

O episódio envolvendo o capitão da PM não foi o primeiro caso de desrespeito à GCM de Santos após a cobrança do uso de máscara. Em 2020, o desembargador Eduardo Siqueira ficou conhecido nacionalmente após humilhar um guarda civil municipal durante uma abordagem, onde os agentes pediam pelo uso do equipamento de proteção.

Na época, a ação do desembargador foi filmada pelos guardas. As imagens mostram que ele rasgou a multa e chamou um dos GCMs de analfabeto. "Leia bem com quem o senhor está se metendo", disse Siqueira ao guarda, mostrando um documento.


Em fevereiro de 2021, o desembargador alegou 'mal psiquiátrico' ao recorrer contra a indenização de R$ 20 mil imposta pela Justiça por danos morais ao guarda municipal Cícero Hilário, de 36 anos.


Desembargador humilhou GCM ao ser solicitado que ele usasse máscara em Santos, SP

Por G1SP 

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