Não é porque março passou que não podemos ressaltar a força, a dedicação, o profissionalismo das fisioterapeutas, enfermeiras, técnicas e médicas que compõem equipes de saúde nos hospitais que têm “Ala Covid”, como no Hospital Santo Antônio (HSA), em Barbalha e Hospital Geral Padre Cícero (HGPC), do Sistema Hapvida, em Juazeiro do Norte.
Em um levantamento junto a essas unidades de saúde se consta o seguinte: HSA com cerca de 80% do quadro formado por mulheres e HGPC cerca de 95%. A gente sabe que trabalhar em um hospital nunca foi tarefa fácil, exige dedicação, responsabilidade, sensibilidade, talento e amor. Para as mulheres, essas habilidades são quase inatas. Seja dia ou noite, elas estão lá, fazendo curativos, tratando doenças, lutando pela reabilitação física e mental dos pacientes, além de zelar pela manutenção da limpeza e organização do ambiente hospitalar. O hospital funciona como segunda casa. Estão entre elas, gerentes, atendentes, auxiliares de cozinha, limpeza, nutricionistas, farmacêuticas, secretárias, médicas, fisioterapeutas, técnicas e enfermeiras.
Mulheres incansáveis, que juntas compõem cerca de 80% do contingente de funcionários dos Hospitais do Coração e Santo Antônio, mantidos pela Fundação Otília Correia Saraíva (FOCS), um número considerável. Desde a chegada do Covid-19, 2020, a rotina depreendeu mais esforço. A taxa de admissão de pacientes aumentou, junto com esse índice o trabalho também cresceu. Por trás dos leitos, estão inúmeras mulheres que desempenham com afinco seu trabalho, vibram por cada vida salva e entram em luto pela perda de um paciente.
Para gerente administrativa da Fundação Otília Correia Saraiva, Nerilane Lopes, que pegou covid como outras colegas de trabalho na unidade de saúde, “há todo um esforço, todo trabalho prestado pelo público feminino e é imprescindível dizer que não fazemos a diferença, até por sermos maioria nos dois hospitais da fundação!”, explica.
Já no Hospital Geral Padre Cícero, o percentual é um pouco mais alto, cerca de 95% dos profissionais na linha de frente são mulheres. Entre elas, uma dessas guerreiras é a enfermeira Estefani Gonçalves. Ela destaca que a chegada da doença alterou a rotina de toda a sociedade, incluindo os colaboradores do hospital. “Tivemos que nos adequarmos às novas medidas de prevenção e controle para evitar a contaminação e continuar prestando uma assistência de qualidade para todos os nossos pacientes. Fico realmente muito emocionada quando um paciente com Covid-19 se recupera. É um sentimento de vitória e de dever cumprido para toda nossa equipe, que acompanhou tudo que o paciente enfrentou até receber alta”, conta a profissional do Hapvida.
Apesar de fortes, são sensíveis e precisam de cuidado. As mulheres lutam contra diversos tipos de doenças, e principalmente contra o Covid-19, mas são humanas, estão suscetíveis a doença. Possuem família, história e vida a proteger. Sentem medo diante da crise que vivemos. Mas, quando entram no hospital, vestem suas armaduras, máscaras, aventais, gorros, e tornam-se verdadeiras guerreiras lutando em prol de salvar vidas.
Créditos: Badalo
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