Surto de Covid-19 atinge 22 policiais do Presídio Militar, em Fortaleza

O Presídio Militar funciona na rua Antônio Pompeu, no bairro José Bonifácio, em Fortaleza. (Foto: Divulgação/Secult)

Após denúncia da situação em grupos de WhatsApp de policiais militares, providências foram tomadas pela administração do órgão para que os agentes contaminados fossem para casa; 12 seguem no presídio

Total de 22 policiais testaram positivo para o Covid-19 no Presídio Militar do Ceará, localizado no bairro José Bonifácio, em Fortaleza. Na manhã dessa terça-feira, 20, o conhecimento do surto da doença, antes restrito aos funcionários e presos da unidade, vazou e passou a circular em grupos de WhatsApp de policiais militares.

Conforme Cleyber Araújo, presidente da Associação de Profissionais da Segurança (APS), a situação chegou a esse nível porque a administração da unidade negligenciou a realização de testes da doença. “Se houvesse algum sintoma, já deveria isolar. Mas isso não foi feito e infelizmente chegou a esse patamar, com tantas pessoas contaminadas”, enfatizou.

Ele pondera que já havia uma decisão judicial do fim de janeiro, a qual O POVO teve acesso, que previa a necessidade de isolamento de 20 dias após o teste positivo para a doença. O documento foi assinado pelo juiz Roberto Soares Bulcão Coutinho, da 17ª Vara Criminal de Fortaleza, Vara de Audiência de Custódia.

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Até a publicação desta matéria, de acordo com informações da APS, 10 presos foram mandados para casa, com tornozeleira eletrônica, para evitar a propagação da doença na unidade. Os outros contaminados seguem na unidade aguardando novas medidas.

O POVO tentou contato com a diretora do Presídio Militar, a tenente coronel Keydna Carneiro. Ela afirmou que não iria se pronunciar e indicou que informações sobre o caso seriam repassadas pela assessoria de imprensa do órgão. A reportagem contatou as assessorias da Polícia Militar e da Secretária de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) no início da noite, mas não foi respondido até a publicação desta matérial. 

Créditos: O Povo