domingo, 18 de abril de 2021

Alunos e amigos lamentam morte do professor Gilmar de Carvalho, vítima de Covid-19

Jornalista havia sido internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular, em Fortaleza, no último dia 20 de março


  Morreu na noite desse sábado, 17, aos 71 anos, o jornalista, professor e pesquisador Gilmar de Carvalho, vítima de Covid-19. O jornalista havia sido internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular, em Fortaleza, no último dia 20 de março. A sua morte foi confirmada, em nota, pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Nas redes sociais, alunos e amigos lamentaram a perda do professor.

“O Curso de Jornalismo e o Programa de Pós-graduação em Comunicação, da Universidade Federal do Ceará, comunicam o falecimento do professor Gilmar de Carvalho. Uma das mentes mais prodigiosas e sagazes da cultura cearense. Gilmar soube, com argúcia, competência e sensibilidade, nos falar sobre aquilo que somos e que compartilhamos como cultura. Em qual dimensão estiver, que tenha armado um tempo “bonito pra chover” para lhe receber com todas as honras que merece! Toda nossa solidariedade a Francisco e família”, disse nota do curso de Jornalismo da UFC.


O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), e o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT) também lamentaram o falecimento do comunicador. Em uma publicação nas redes sociais, o gestor da Capital  destacou a morte como "imensa perda da referência em comunicação e cultura”. "Recebi, com pesar, a notícia de falecimento do professor Gilmar de Carvalho, uma referência em comunicação e cultura no nosso Estado. Gilmar contribuiu com a formação de inúmeros comunicadores, foi um dos maiores pesquisadores da cultura popular cearense", escreveu o prefeito.


Gilmar de Carvalho também era escritor e doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Em 2019, chegou a recusar receber o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Ceará (UFC) devido à nomeação de Cândido Albuquerque como reitor da instituição. Para Carvalho, Cândido seria um “interventor” e sua nomeação teria ignorado a consulta à comunidade acadêmica.

No mesmo ano, doou arquivos de sua biblioteca pessoal para o Acervo do Escritor Cearense (AEC), onde são guardadas memórias de figuras importantes do Estado, como Antônio Girão Barroso e Natércia Campos. Correspondências trocadas com amigos, documentos históricos, livros, fotografias antigas e jornais estiveram entre os itens doados.

Colaborou: Eliomar de Lima para O Povo 

Compartilhou : Blog do Marcus Silva 

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