quarta-feira, 7 de março de 2018

Mulheres ocupam 59,7% das vagas de trabalho abertas no Ceará



Apesar de ser considerada a faixa etária mais afetada pelo desemprego, sobretudo em um cenário de economia recessiva, os jovens foram destaque nos postos de trabalho formais gerados no Ceará neste início de ano, de acordo com os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. O levantamento, que considera o saldo (admissões contra desligamentos) de janeiro (1.653 vagas), aponta que a maior parte das vagas geradas foi ocupada por jovens com idade entre 18 e 24 anos (2.587), sendo a maioria mulheres (987 ou 59,7%) e com ensino médio (690).
À revelia do que ocorreu no primeiro mês do ano passado, a maioria dos postos de trabalho gerados em janeiro foi na indústria de transformação, com saldo positivo de 4.252 vagas - em janeiro do ano passado, o setor havia perdido 896 postos. O movimento positivo foi impulsionado pela mudança no vínculo de trabalho de funcionários cooperados de uma fábrica em Quixeramobim, que foram integrados ao quadro como celetistas.
As mulheres foram as que mais ocuparam postos na indústria de transformação (2.364), com idade entre 18 e 24 anos (2.075) e com ensino médio completo (2.344 vagas).

O coordenador de Estudos e Análises de Mercado do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Erle Mesquita, destaca que, historicamente, as vagas de trabalho são dominadas pelo sexo masculino. "Majoritariamente, essas vagas são ocupadas pelo sexo masculino, porque mais da metade da força de trabalho é masculina", diz, acrescentando que é normal que os jovens com idade até 24 anos sejam dominantes na ocupação das vagas de empregos geradas. "O grande gargalo é a rotatividade, que gera custo para as empresas", afirma.
Ele acrescenta, contudo, que o perfil dos trabalhadores contratados depende muito do que é produzido. "As mulheres têm que responder a um número maior de perguntas em uma entrevista de emprego, como por exemplo, sobre filhos, como se isso fosse um papel iminentemente feminino", detalha.

Fonte:  Diário do Nordeste 

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