segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

91% dos leitos de UTI para Covid-19 no Ceará estão ocupados


Rede pública do Ceará tem 95% de ocupação dos leitos de UTI para Covid-19


Treze unidades de saúde estão com 100% de sua capacidade. Hospital referência para tratamento só tem três leitos vagos, dos 129 instalados. Governador prometeu mais de mil leitos até 31 de março.


Dados da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) apontam que os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com Covid-19 estão perto do limite. De acordo com a plataforma IntegraSUS, cujas informações foram coletadas às 21h07 deste domingo (21), 91,09% desses leitos exclusivos para a doença estão ocupados.

A proximidade da saturação dos leitos de UTI ocorre em um contexto no qual o governador Camilo Santana (PT) anunciou que está ampliando a rede de atenção. Segundo ele, o número vai subir das atuais 1.478 unidades para 2.133 em todo o Ceará. Essa quantidade deve ser atingida até o dia 31 de março deste ano.

UTI do Hospital Leonardo da Vinci está com 97,6% de ocupação neste domingo (21) — Foto: Divulgação/Governo do Estado
UTI do Hospital Leonardo da Vinci está com 97,6% de ocupação neste domingo (21) — Foto: Divulgação/Governo do Estado

Neste domingo, 13 unidades de saúde (entre entidades públicas, privadas e sem fins lucrativos) já apresentam 100% de lotação. Mais da metade destas são em Fortaleza, cidade que concentra o maior número de casos e óbitos pela doença desde o início da pandemia. Até este domingo, a capital cearense já havia registrado 114.182 casos confirmados da infecção, dos quais 4.596 resultaram em óbito.

Unidades com 100% de ocupação neste domingo

  • Casa de Saúde e Maternidade São Raimundo, em Fortaleza (8 leitos)
  • Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara, em Fortaleza (17 leitos)
  • Hospital Otoclínica, em Fortaleza (34 leitos)
  • Hospital São Carlos, em Fortaleza (21 leitos)
  • Hospital Uniclinic, em Fortaleza (25 leitos)
  • Hospital São Raimundo, em Fortaleza (10 leitos)
  • Hospital São Vicente, em Fortaleza (8 leitos)
  • Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza (8 leitos)
  • Hospital São José, em Fortaleza (8 leitos)
  • Hospital Municipal Dr. João Elísio de Holanda, em Maracanaú (10 leitos)
  • Hospital Regional Norte, em Sobral (50 leitos)
  • Hospital Regional do Sertão Central, em Quixeramobim (40 leitos)
  • Imtavi, em Brejo Santo (7 leitos)

O Hospital Leonardo da Vinci, referência no combate à Covid-19 no Ceará, dispõe de 129 leitos de UTI exclusivos para a doença, dos quais 126 estão com pacientes, são 97,6% de todas as unidades ocupadas. Assim como essa unidade, outras duas maiores na Capital, como o Hospital Antônio Prudente e o Hospital Regional Unimed já têm ocupação desses leitos mais críticos superior a 90%.O


Ocupaçãoem regiões diferentes


As maiores unidades de saúde descentralizadas e instaladas nas regiões cearenses também apresentam ocupação alta. O Hospital Regional Norte, em Sobral, e o do Sertão Central, em Quixeramobim, estão com 100% das UTIs ocupadas; o do Cariri tem 29 leitos com pacientes dos 31 que lá estão disponíveis.

No Centro-Sul, só há duas vagas das 18 instaladas para pacientes que vierem a ter complicações por causa da Covid-19. Em Limoeiro do Norte, o Hospital São Camilo não tem mais vagas. Esta é a única unidade da região que tem leitos exclusivos para a infecção. Em Icó, só resta um leito no Hospital Regional Prefeito Walfrido Monteiro Sobrinho.

Cenário parecido

Os números convergem com as declarações do secretário da saúde do estado, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto. Ele afirmou em transmissão por redes sociais durante a semana que o cenário epidemiológico do Ceará está começando a "ficar parecido" com o período do pico da pandemia. Abril e maio do ano passado concentraram os maiores índices de casos e óbitos pelo coronavírus desde então.

Os meses de janeiro e fevereiro deste ano, porém, vêm batendo recordes de atendimentos por Síndrome Gripal, quadro suspeito de Covid-19, em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Fortaleza. Janeiro foi o mês em que houve o maior número total desses serviços, e a Secretaria da Saúde espera que fevereiro atinja 20 mil atendimentos nesse sentido, quase o dobro do período do pico

G1 CE 

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário