segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Brasil tem média de 765 mortes por covid-19 no domingo; 16 estados em queda

Cemitério Parque de Manaus tem ala lotada para sepultamentos por mortes de covid - Carlos Madeiro/UOL
Cemitério Parque de Manaus tem ala lotada para sepultamentos por mortes de covidImagem: Carlos Madeiro/UOL
Colaboração para o VivaBem, em São Paulo


O Brasil registrou hoje uma média de 765 novas mortes por covid-19, de acordo com o consórcio de imprensa, integrado pelo UOL, que levanta informações junto às secretarias estaduais de saúde. Em 16 das 27 unidades da federação, o quadro da pandemia é de desaceleração. No Rio de Janeiro, de alta. No restante do país, de estabilidade.

Essa é a menor média que o Brasil registra desde 7 de janeiro deste ano. Naquele momento, a segunda onda da pandemia estava começando a subir. O pico foi em 12 de abril, com uma média de 3.125 mortes por covid-19 por dia. Em seguida, as mortes começaram a diminuir, mas tiveram um repique no início de junho. Depois, voltaram a baixar novamente.



Apesar de cenário de desaceleração, especialistas orientam cautela, devido à propagação da variante delta do coronavírus, mais transmissível.

A média de novas mortes por dia é considerada a melhor forma de analisar o cenário da pandemia. É calculada a partir dos dados dos últimos sete dias, eliminando o efeito de quedas artificiais que costumam ocorrer aos fins de semana —quando há menos profissionais disponíveis para registrar novas mortes nos municípios.

Gráfico da evolução das mortes por covid-19 no BrasilImagem: Arte/UOL

Neste domingo, por exemplo, 331 mortes foram inseridas nos bancos de dados das secretarias estaduais de saúde.

O número total de mortes por covid-19 no Brasil chegou a 574.574. Já o total de pessoas que tiveram diagnóstico positivo para a doença provocada pelo coronavírus passa de 20.567.922.

A média de mortes atual do Brasil é 16% menor que duas semanas atrás, o que coloca o país em um cenário de desaceleração da pandemia. Os seguinte estados também vivem um quadro de queda: Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, Rondônia, Roraima, Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná.

Mapa do cenário da pandemia nas unidades da federação do BrasilImagem: Arte/UOL

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda. Acima de 15%, considera-se que o quadro é de aceleração. Entre esses dois patamares, o cenário é de estabilidade.

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-30%)
  • Minas Gerais: queda (-26%)
  • Rio de Janeiro: aceleração (20%)
  • São Paulo: estável (-7%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: queda (-56%)
  • Amapá: estabilidade (-15%)
  • Pará: estabilidade (-15%)
  • Rondônia: queda (-26%)
  • Roraima: queda (-74%)
  • Tocantins: estável (-13%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-22%)
  • Bahia: queda (-25%)
  • Ceará: queda (-30%)
  • Maranhão: estável (-15%)
  • Paraíba: queda (-29%)
  • Pernambuco: queda (-34%)
  • Piauí: queda (-46%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-63%)
  • Sergipe: estabilidade (-5%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estável (-1%)
  • Goiás: queda (-23%)
  • Mato Grosso: queda (-20%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-25%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-28%)
  • Rio Grande do Sul: estabilidade (-13%)
  • Santa Catarina: estabilidade (-7%)

Dados do Ministério da Saúde

O Brasil registrou hoje mais 318 mortes pela covid-19, segundo o Ministério da Saúde.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, o número oficial de vítimas da pandemia no país é de 574.527. No total, 20.570.891 pessoas tiveram diagnóstico positivo para covid-19.

A região com maior mortalidade é o Centro-Oeste, com 333 mortes por 100 mil habitantes. Em seguida, o Sul, com 298 mortes por 100 mil.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

UOL 

Nenhum comentário:

Postar um comentário