Precatórios: comissão aprova PEC com mudança no teto de gastos para viabilizar Auxílio Brasil
Dólar sobe forte após Guedes falar em 'licença' para furar teto de gastos
Relator, deputado Hugo Motta, diz que nova versão abre 'espaço fiscal' de mais de R$ 80 bi para governo bancar Auxílio Brasil. Texto altera regra de correção monetária do teto de gastos.
A votação foi concluída após a aprovação do texto-base e a rejeição dos oito destaques (sugestões pontuais de alteração do texto principal) apresentados.
Vencida a etapa da comissão, o texto seguirá para o plenário, onde precisa obter pelo menos 308 votos em dois turnos para ser aprovado.
A PEC fixa um limite, a cada exercício financeiro, para as despesas com precatórios (dívidas da União já reconhecidas pela Justiça).
O texto é uma das apostas do governo federal para viabilizar o Auxílio Brasil, programa social que deve substituir o Bolsa Família.
A aprovação pela comissão do parecer sobre a proposta, de autoria do relator, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), abre espaço orçamentário para bancar o programa sem "furar" o teto de gastos, que limita o crescimento da maior parte das despesas públicas à inflação.
Além de restringir o pagamento de precatórios, a PEC altera a regra de correção do teto de gastos.
Atualmente, a fórmula considera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apurado entre julho de um ano e junho do ano seguinte. O período considerado é esse porque é o dado disponível no momento em que o governo tem de enviar ao Congresso o projeto de orçamento do ano seguinte.
Com a mudança proposta pela PEC, o IPCA passa a ser apurado entre janeiro e dezembro. Essa mudança no cálculo também afeta o pagamento dos precatórios, já que o governo propõe limitar a alta dessas despesas pelo mesmo índice.
A mudança parece simples mas, segundo o relator, a alteração na fórmula e o limite de pagamento dos precatórios liberam quase R$ 84 bilhões para despesas em 2022, ano
Nenhum comentário:
Postar um comentário