Goleadas em uma campanha de agora 11 vitórias, um empate e uma derrota funcionam como o grito que abafa o sussurro. Ainda que as atuações do Flamengo com Renato Gaúcho às vezes peçam cautela, é a estridência do placar elástico que marca. A classificação do Flamengo para a semifinal da Copa do Brasil, bem encaminhada após o 4 a 0 desta quarta-feira em cima do Grêmio, por incrível que pareça, é mais fruto de futebol eficiente do que plástico.
Com o placar elástico, o time rubro-negro poderá perder a partida de volta, no próximo dia 15, por até três gols de diferença.
— Tivemos um jogo muito duro. Lutamos, tivemos calma, paciência, para fazer os gols — afirmou Michael, destaque do Flamengo.
Saltou aos olhos a melhora da equipe mesmo depois da expulsão de Isla, no fim do primeiro tempo, que sinalizou erroneamente que a vida não seria fácil depois do intervalo. Afinal, já não havia sido com as duas equipes com 11 em campo.
Mas o Flamengo adiantou as linhas, rondou a área do Grêmio no começo do segundo tempo, até que o primeiro gol saiu. O zagueiro Bruno Viana finalizou na área após cobrança de escanteio e a bola desviou em Rafinha, ironia do destino, para abrir o placar.
Fora esse curto período da partida, de 15 minutos, o Grêmio controlou mais ações. Luiz Felipe Scolari montou bom sistema defensivo, mas não apenas isso. A equipe conseguiu manter a bola, teve mais posse do que o Flamengo, e achou espaços para criar chances. Acertou o travessão e entrou outras tantas vezes de forma perigosa na área rival.
Fato é que Michael e Thiago Maia melhoraram a equipe, incendiaram os contra-ataques. Houve chances para o Flamengo, mesmo com homem a menos, ampliar a vantagem. E o time aproveitou. Primeiro com Michael, depois com Rodinei, por último com Vitinho, após pênalti sofrido por Michael.
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