Representantes dos governos de Estados Unidos, Grã-Bretanha e Austrália informaram, na manhã desta quinta-feira, 26 (madrugada, no horário de Brasília), aos seus cidadãos que estejam no aeroporto de Cabul, no Afeganistão, ou em áreas próximas, que deixem a região imediatamente e "procurem um local seguro". Segundo as autoridades, o terminal está sob "ameaça iminente e altamente letal" de um ataque terrorista.
O aeroporto de Cabul tem sido um dos principais pontos de conflito no Afeganistão desde que o Talibã tomou o controle do país, em 15 de agosto. Milhares de pessoas, entre funcionários de governos de outros países, jornalistas, e afegãos ameaçados pela volta do regime extremista ao poder, se aglomeram no terminal buscando escapar da região.
Ao menos três episódios graves já aconteceram no aeroporto de Cabul. Na semana passada, tumultos causaram o fechamento temporário do terminal, enquanto na última segunda-feira, 23, um tiroteio deixou um morto e três feridos no local.
A pressão sobre as tropas estrangeiras tem aumentado com a aproximação da data-limite acordada com o Talibã para retirada completa das forças armadas de outros países, 31 de agosto. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a pontuar a possibilidade de que o exército permaneça na região após esse período, mas voltou atrás.
Outros países já se posicionaram sobre a retirada do Afeganistão. O primeiro-ministro francês, Jean Castex, afirmou que a operação do país será encerrada na sexta-feira à tarde. Trine Bramsen, ministra da Defesa da Dinamarca, informou que o último voo dinamarquês já deixou o Afeganistão e que "não é mais seguro aterissar ou decolar de Cabul".
Por O Povo.
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