Funcionária da Tânia Joias foi vítima de latrocínio, segundo Secretaria da Segurança Pública; Polícia faz buscas para prender autor do crime
Afuncionária de uma joalheria do shopping Iguatemi, em Fortaleza, morta a tiros na noite desta sexta-feira, 20, teria sido alvo de crime de latrocínio – roubo seguido de morte, segundo informou a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS). A Polícia afirma que dois homens armados entraram no local e renderam funcionárias da loja. Os criminosos trocaram tiros com um segurança da loja, quando uma vendedora foi baleada.
As imagens não registram a participação de uma segundo suspeito, conforme apontado pela SSPDS. Ninguém foi preso até a publicação desta matéria. Equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) realizam diligências nos arredores do shopping, localizado no bairro Edson Queiroz, na tentativa de localizar e prender os autores do crime.
Em nota, a assessoria de imprensa do shopping lamenta o ocorrido e diz que "realizará todos os esforços para apurar as circunstâncias do fato o mais rápido possível". O comunicado afirma ainda que, "em respeito à vítima", as operações do estabelecimento foram encerradas mais cedo. A nota, no entanto, não comenta se houve falhas na segurança, já que as equipes do local não conseguiram evitar a fuga dos suspeitos.
Veja a nota do Iguatemi Shopping na íntegra:
"O Iguatemi Fortaleza informa que foi registrada uma ocorrência no início da noite desta sexta-feira (20), no interior de uma loja. Houve disparos de arma de fogo que atingiram uma funcionária da loja, que foi atendida pela equipe de primeiros socorros do shopping, mas, infelizmente, não resistiu e faleceu.
O shopping lamenta o fato e realizará todos os esforços para apurar as circunstâncias do ocorrido o mais rápido possível. Em respeito à vítima, o Iguatemi Fortaleza informa que encerrou suas operações mais cedo.
A Polícia Civil já está no local para realizar as investigações sobre o caso".
Reações dos clientes
O POVO esteve no shopping minutos após o crime e contou pelo menos 11 viaturas na entrada principal do estabelecimento. Agentes da Perícia Forense do Ceará (Pefoce), Polícia Civil e Polícia Militar estiveram no local para realizar procedimentos de perícia e investigação. Seguranças isolaram a área do crime e restringiram o acesso da imprensa e de clientes a alguns pontos do empreendimento.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram correria e apreensão de clientes que foram surpreendidos com o barulho dos disparos. Entre eles estava uma gestante, em gravidez de risco, que viveu momentos de tensão, relatados ao O POVO. "Eu estava com minha família passando mais ou menos a uns 200 metros do local, quando ouvimos os disparos, e foram muitos, um em cima do outro. Olhamos para trás e vimos todos mundo correndo. Foi aí que entramos na primeira loja do lado. No mesmo momento, as funcionárias já foram fechando as portas. Ficamos bastante tempo lá. Com pouco tempo foi autorizado a nossa saída. Ficamos muito nervosos e com medo, sem saber o que podia acontecer", contou.
Uma funcionária de uma loja localizada no mesmo corredor da joalheria diz ter ficado em choque ao perceber que estava acontecendo um tiroteio. "Parecia cena de filme de terror. Eu fiquei em choque porque não sabia que era tiro. Depois que os barulhos foram em sequência e as crianças e mães começaram a correr, percebi que era tiroteio mesmo. Na mesma hora, fechei a loja", relata. O acontecimento, segundo a funcionária, contribui para aumento de sensação de insegurança entre os trabalhadores do estabelecimento. "Eu não sei nem como vai ser os próximos dias, com a insegurança. Você nunca espera ser assaltada e levar tiro, no seu trabalho, dentro de um shopping cheio de segurança", conclui.
Segundo assalto
A joalheria em que a funcionária foi assassinada nesta sexta já havia sido alvo de um furto milionário há menos de dois meses. O crime aconteceu poucos minutos após as 22 horas do dia 25 de junho. Conforme o proprietário da loja, foram levados cerca de R$ 4 milhões em relógios e joias. Em entrevista ao O POVO, o dono do empreendimento recamou que ainda não haviam recebido resposta "nem de desculpas, nem de alguma providência" do shopping.
Em nota, o estabelecimento informou que o "sistema de segurança do shopping foi efetivo para auxiliar na averiguação do ocorrido, tendo captado e cedido as imagens à Polícia". Esclareceu ainda que, "desde então, o caso está em processo de investigação por parte das autoridades da área de segurança pública".
Com informações do repórter Leonardo Maia
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