Por Pedro Lobo
O 1º de Maio de 2020 vai ser atípico e diferente de todos os outros que foram protagonizados até agora
pela classe trabalhadora. Momento de demarcar espaço, ampliar reivindicações e denunciar os
desrespeitos aos diretos daqueles e daquelas que geram riquezas e são o verdadeiro motor da
economia, o primeiro de maio é um marco na luta dos trabalhadores no mundo todo, pois reuni em suas
comemorações lutadores e lutadoras que no dia-a-dia estão na linha de frente das grandes lutas por
direitos, reconhecimento e acima de tudo por condições dignas de trabalho, onde saúde, educação,
moradia, lazer e salários dignos, são inerentes a essa condição.
Vivemos tempos sombrios e sob o ataque violento do neoliberalismo e do grande capital rentista, que
destrói a nossa capacidade produtiva, os empregos e a possibilidade de reduzirmos as desigualdades
sociais e econômicas, que crescem assustadoramente, e joga a todo instante milhares e milhares de
trabalhadores(as) à condições sub-humanas. Não fosse isso por si só um grande desastre para classe
trabalhadora, ainda enfrentamos atualmente um governo que tem como principal propósito, reduzir
direitos, extinguir politicas públicas que beneficiam a maioria do povo, além do desmonte acelerado dos
serviços de saúde, educação e assistência social, entre outros. A reforma trabalhista do governo Michel
Temer e o congelamento dos gastos públicos por 20 anos, foi o inicio de um ataque frontal – e nunca
antes visto – contra a classe trabalhadora brasileira. Somos hoje um país sem direitos e sem empregos,
pois atingimos a indesejável marca dos 12,3 milhões de desempregados – números do IBGE referentes
a Março de 2020 – e com perspectivas de ampliação desse número em virtude da pandemia do
Coronavírus e das medidas desastrosa do governo Bolsonaro, com a implantação da sua carteira verde
amarela e a flexibilização ao extremo dos direitos trabalhista, que ataca a todos os trabalhadores(as).
Somados a isso, ainda temos a reforma da previdência aprovada por Bolsonaro, feita ao sabor e ao
desejo do grande capital e da elite econômica, que impôs aos trabalhadores(as) um golpe mortal contra
os seus direitos previdenciários e a possibilidade de ter qualquer beneficio (justo e legítimo) após anos e
anos de trabalho e contribuição para o desenvolvimento do país e da economia.
Enfrentamos hoje uma situação de pandemia com o Covid-19, onde o governo do falso Messias ignora,
negligencia e desdenha da situação grave pela qual passa o povo brasileiro. Declarações estapafúrdias
e irresponsáveis dão a tônica da postura do governo federal no combate a pandemia. Nesse sentido
coube aos governadores dos Estados assumirem a tarefa de combate à propagação do vírus e garantir
as condições para que a população sofra o mínimo possível com essa pandemia. A adoção dos
cuidados básicos indicados pelos profissionais de saúde (uso de máscara, de álcool em gel, entre
outros) e o isolamento social são fundamentais nesse momento.
Em virtude da pandemia, teremos um 1º de Maio diferente, com as centrais sindicais, lideranças
politicas, artistas, movimentos sociais e lutadores e lutadoras de vários segmentos, construindo essa
data com uma pauta voltada para defesa da saúde, do emprego e da renda. De forma inédita (e
adequando-se aos tempos de pandemia) o 1º de Maio será realizado por meios virtuais. Mas, isso nem
de longe tira o ânimo e a disposição da classe trabalhadora em defender as suas bandeiras de lutas,
fortalecer a resistência e construir a unidade política pelo Fora Bolsonaro, hoje uma consigna
imperativa, se quisermos vencer a luta contra o desemprego, conta a pandemia do coronavírus e
garantir o espaço democrático e republicano para retomarmos o crescimento econômico, com
investimento público e a garantia de politicas que atenda a maioria do povo brasileiro.
Viva o 1º de Maio! Viva os Trabalhadores e as Trabalhadoras do Brasil
Viva o 1○ de maio! Viva os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.
FORA BOLSONARO!
Pedro Lobo
Vereador do PT - Crato - Ceará
Nenhum comentário:
Postar um comentário