terça-feira, 19 de maio de 2020

Empresas devem se adaptar ao novo cenário de consumo


Hábitos de consumo têm passado por mudanças e consumidores estão mais cautelosos nas compras.

A pandemia do novo coronavírus tem causado impacto em todas as áreas da vida em sociedade. Com a suspensão da maior parte das atividades comerciais e a proibição de aglomerações, o mercado de bens e serviços em todo o mundo tem enfrentado uma mudança no hábito dos consumidores, que estão mais cautelosos durante as compras e contratações. Por isso, as empresas precisam correr para se adaptar ao novo cenário e gerar uma experiência de consumo positiva para fidelizar mais clientes e, assim, expandir as operações.

Conforme o prof. Emerson Paulo, coordenador dos cursos de Administração, Gestão Comercial e Gestão de Recursos Humanos do Centro Universitário Doutor Leão Sampaio (Unileão), as necessidades de consumo não desaparecem durante os períodos de crise como o vivenciado atualmente, no entanto, há transformações no comportamento do consumidor.

“Algumas pesquisas recentes mostram mudanças na cultura de consumo e não só em função da recessão, do fato da pessoa não querer gastar para não perder dinheiro, mas por uma revisão de prioridades, ou seja, as pessoas estão pensando mais sobre o que é mais importante consumir nesse momento, como consumir e de quem consumir. Mais de 40% da população teve um impacto na sua renda, com isso, as pessoas começam a repensar como continuar consumindo os bens de consumo e serviço”, ressalta o prof. Emerson.

Presença digital
Segundo o prof. Emerson Paulo, o primeiro passo a ser dado para que os empreendimentos se estabeleçam nesse novo modelo de consumo e consigam sobreviver à crise é ingressar no mundo digital. “A empresa precisa ter os perfis nas redes sociais, levar os seus produtos para a internet com qualidade para que o cliente possa continuar vendo e lembrando da marca. Além disso, a equipe deve estar preparada para continuar se relacionando com os consumidores por meio das ferramentas digitais. Então, aprender a fazer marketing digital urgentemente é o caminho”, afirma.

Ainda de acordo com o docente, não tem como saber ao certo as sequelas que a pandemia deixará, mas as mudanças que surgem durante as crises tendem a permanecer e os novos hábitos na cultura do consumo certamente serão mantidos em um cenário pós-pandemia.

“As pessoas passam a perceber que o negócio que tinha ali no bairro, o que estava mais perto de casa, dependia dela para sobreviver e, a partir disso, as pessoas naturalmente vão consumir mais daqueles negócios próximos, porque elas percebem a responsabilidade que têm na manutenção dessa empresa, desse emprego e como isso vai fazer bem para a comunidade. Acredito que o cenário de consumo pós-pandemia será mais comunitário, colaborativo, em que as pessoas e, consequentemente, o governo, vão ter hábitos e políticas de mais preocupação com o outro, com o social”, destaca o docente.

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