Quem trabalha na linha de frente no combate ao coronavírus está mais expostos a situações que podem ocasionar em crises de ansiedade e depressão.
O atual cenário de pandemia da covid-19 tem causado constantes sentimentos de ansiedade e medo entre a população. Nessa situação, os profissionais que trabalham na linha de frente no combate ao coronavírus se encontram ainda mais sujeitos a ter a saúde mental colocada em risco.
Além das preocupações comuns a todos, quem trabalha na área da Saúde também tem que lidar com situações de sobrecarga emocional, como a falta de estrutura adequada para o trabalho, o atendimento a casos emergenciais frequentes e o receio de levar o vírus para casa e infectar familiares.
Por isso, é comum que esses trabalhadores sintam o aumento nos sintomas de ansiedade, estresse, depressão, perda da qualidade do sono, entre outros sintomas psicossomáticos.
De acordo com a professora do curso de Psicologia da Unileão Indira Siebra, a reação de cada profissional pode variar de acordo com seus recursos cognitivos, emocionais, sociais e espirituais, assim como experiências anteriores similares.
“Diante de catástrofes, como essa que vivemos agora, o luto passa a fazer parte da nossa vida de forma mais constante e com maior intensidade para os profissionais da Saúde.
As pessoas choram não só por aqueles que se foram, mas também pelas suas próprias dores em meio às incertezas e angústias geradas pelo evento adverso. Por isso, os profissionais precisam entender o local em que eles estão e o risco da morte, para que assim possam desenvolver recursos e estratégias emocionais para lidar melhor com as situações de perdas”, explica a profa. Indira.
Ainda segundo a docente, esses sentimentos devem ser vistos como algo esperado e natural diante dessa situação, mas também como um alerta de que é preciso redobrar a atenção aos cuidados com a saúde emocional.
Nesse sentido, a profa. Indira Siebra oferece algumas dicas e orientações para que os profissionais preservem a saúde mental nesse período de pandemia, confira:
Forme uma rede de apoio: converse com colegas de trabalho. As pessoas que estão passando por situações semelhantes podem te ajudar a pensar em estratégias para minimizar os sentimentos adversos;
Descanse e cuide da alimentação: é importante realizar intervalos durante e entre as jornadas de trabalho, assim como descansar em locais adequados, além de alimentar-se de forma saudável e cuidar das necessidades básicas;
Permaneça conectado com pessoas queridas: manter contato com familiares e amigos, ainda que por meios digitais, ajuda a manter-se vinculado a uma rede de apoio psicossocial;
Mantenha a calma: gerenciar o estresse e bem-estar psicossocial é tão importante nesse momento quanto cuidar da saúde física. É essencial manter a calma para se proteger contra o estresse crônico e conseguir uma melhor capacidade para desempenhar suas funções;
Reúna-se com a equipe: os serviços de saúde podem contribuir para reduzir os níveis de ansiedade, colocando-se à disposição para a escuta e fazendo com que o profissional não se sinta sozinho. Realizar reuniões periódicas com o grupo também é importante para que as questões e os anseios que aparecerem possam ser discutidos por todos;
Buscar apoio de um profissional: se você percebe que está fragilizado, busque ajuda de profissionais de saúde mental, sem confundir fragilidade com fraqueza ou inabilidade de lidar com a situação.
Instagram
Facebook
Twitter
Website
Nenhum comentário:
Postar um comentário