Oficialmente, a campanha eleitoral começou em 16 de agosto. As estratégias já batidas dentro da política partidária - entregar santinho, candidato X sair do conforto e comer pastel de vento na rua ou a famosa foto com criança de colo nos braços - entraram em cena, bem como sua contraparte digital. Ainda assim, o espaço televisivo é uma das mais cobiçadas ferramentas de divulgação dos candidatos.
No tocante ao grupo dos postulantes ao cargo de Presidente da República, até este momento, foram realizadas duas sabatinas entre os políticos e a agenda até os últimos dias antes da eleição ainda deve contar com mais sete debates televisivos. Os dois encontros agruparam oito aspirantes ao cargo: Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede).
Como o critério utilizado pelas emissoras foi de convocar apenas candidatos cujas coligações possuem pelo menos cinco congressistas, entre senadores e deputados, ficaram de fora João Amoêdo (Partido Novo), João Goulart Filho (PPL), José Maria Eymael (DC) e Vera Lúcia (PSTU). O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva também foi convidado, porém por estar preso, a Justiça negou a permissão necessária para que ele participasse. Até 7 de outubro, dia da votação do primeiro turno, estão previstos mais sete debates entre os candidatos.
O roteiro se repetiu com todos: as pautas relacionadas à economia, à segurança pública e à corrupção predominaram. Saúde (SUS) e educação chegam quase empatados no segundo escalão das pautas. Quando o diálogo envolve políticas públicas direcionadas a cultura, o silêncio é o ponto em comum.
Tragédias
A cultura é um tema pouco explorado pelos 13 candidatos ao Planalto, seja em embates, sabatinas ou programas eleitorais. Em alguns dos planos de governo apresentados, nem mesmo uma simples menção à palavra "cultura" pode ser encontrado. A pasta não pode ser encarada como único critério para escolha nas urnas, todavia, realizar comparações entre os textos de cada documento é uma outra maneira de compreender o que cada político pretende para os próximos quatro anos ou não.
A destruição do Museu Nacional (RJ), de domingo para segunda-feira, trouxe a cultura para a pauta do dia dos candidatos. Na pressa para se posicionar e se manifestar sobre o acontecimento, muitos deixaram entrever a falta de traquejo com o tema. Hoje, o Caderno 3 apresenta um análise de como os planos de governo dos presidenciáveis tratam a cultura - antes da triste manchete ter lembrado a toda a urgência da pauta.
FONTE: DN
FONTE: DN
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