FOTO: Os empresários José Carlos Pontes, da Marquise, Beto Studart, da BSPar Incorporações e Igor Queiroz Barroso, do Grupo Edson Queiroz , participaram de reunião com a gestão municipal de Fortaleza |
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O prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), deu início a uma rodada de diálogos com setores estratégicos da sociedade para aproximar a gestão municipal de diferentes segmentos. Recentemente, o chefe do Executivo recebeu um grupo formado por alguns dos principais empresários da Capital para apresentar diretrizes de sua administração e discutir possibilidades de parceria entre o poder público e a iniciativa privada.
Uma das ideias da gestão municipal, apurou esta coluna, é a ampliação do programa de apadrinhamento de equipamentos públicos por grandes empresas. Já houve, no passado, iniciativas como a adoção de praças, mas o objetivo da gestão petista é expandir essa possibilidade para outros espaços, como ginásios e, em uma hipótese que está sendo estudada, até mesmo os Centros Urbanos de Cultura, Arte, Ciência e Esporte (Cucas).
Em troca do investimento privado na manutenção desses locais, o Município deve oferecer contrapartidas, ainda em fase de definição. O que fontes desta Coluna na gestão municipal deixam claro é que não haverá privatização dos espaços públicos.
O prefeito confirmou que uma nova rodada de conversas será realizada com o setor empresarial para avançar nas tratativas. A medida pode representar um alívio para os cofres públicos e uma alternativa para melhorar a conservação de espaços fundamentais para a população. INICIATIVAS SÃO COMUNS NO BRASIL
Modelos de parceria entre o poder público e a iniciativa privada para a manutenção de espaços urbanos não são novidade no Brasil. Em diversas cidades, programas de adoção de praças, parques e até escolas têm sido utilizados como alternativa para melhorar a conservação desses locais sem sobrecarregar os cofres públicos.
Um dos exemplos mais conhecidos é o Adote uma Praça, presente em cidades como São Paulo e Belo Horizonte, que permite que empresas financiem a manutenção desses espaços em troca de publicidade institucional no local. Segundo a Prefeitura de São Paulo, apenas em 2023, o programa garantiu a revitalização de mais de 1.500 praças na cidade.
Além das praças, outras experiências buscam envolver o setor privado em equipamentos públicos mais complexos. No Rio de Janeiro, por exemplo, o programa Adote.Rio possibilita que empresas patrocinem desde monumentos históricos até escolas e hospitais municipais, oferecendo melhorias estruturais e serviços adicionais.
Especialistas avaliam que tais iniciativas podem trazer benefícios, mas destacam a importância de estabelecer regras claras para evitar a privatização indireta de espaços públicos. |
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Fonte: Diário do Nordeste
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