A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) deste sábado (10).
A reabertura gradual da economia no Ceará, anunciada pelo governador Camilo Santana (PT), neste sábado (10), não contempla alguns setores (veja abaixo) que ainda vão permanecer com o funcionamento proibido. Estabelecimentos como shoppings, comércio de rua e restaurante vão poder funcionar a partir da próxima segunda (12).
Confira a lista de atividades que permanecem fechadas:
- Academias;
- Parques aquáticos;
- Barracas de praia;
- Cinemas;
- Museus e teatros, públicos ou privados;
- Festas;
- Bares;
- Feiras livres.
Também continuam proibidos:
- circulação de pessoas nas ruas e espaços públicos, permitidos deslocamentos somente nos casos de serviços de entrega, para atividades liberadas ou em função do exercício da advocacia ou de funções essenciais à Justiça na defesa da liberdade individual;
- circulação em espaços públicos, como praças, calçadões, areninhas, praias entre outros.
O decreto reforça ainda que se for verificada tendência de crescimento dos indicadores da pandemia após a publicação do documento, as autoridades da saúde avaliarão o cenário, admitido, a qualquer tempo, se necessário, o restabelecimento das medidas restritivas originariamente previstas.
Reabertura gradual da economia

Ceará vai reabrir economia de forma gradual com toque de recolherO governador Camilo Santana anunciou, neste sábado (10), que o isolamento social rígido no Ceará será flexibilizado a partir de segunda-feira (12), e as atividades econômicas serão retomadas de forma gradual. Com isso, os setores de comércio e alimentação fora do lar irão poder funcionar de forma reduzida e em horários específicos. Além disso, o estado terá toque de recolher e fechamento de todos os serviços não essenciais durante o fim de semana.
Veja o que muda com o novo decreto:
- Serviços não essenciais vão poder retornar às atividades de forma gradual a partir de segunda-feira (12);
- Isolamento social rígido continua nos fins de semana;
- Haverá toque de recolher das 20h às 5h diariamente;
- Algumas atividades irão funcionar em horários alternados. O comércio de rua, inclusive restaurantes, funcionará entre 10h e 16h, com 25% da capacidade no uso simultâneo;
- Shoppings e os restaurantes das praças de alimentação abrirão de 12h às 18h também com 25% da capacidade no uso simultâneo;
- A ideia é reduzir a lotação no transporte público;
- Igrejas e templos religiosos vão poder receber até 10% da capacidade máxima;
- Escolas da educação infantil poderão ampliar o funcionamento presencial para crianças de 4 e 5 anos;
- Escolas que ofertem 1º e 2º do ensino fundamental, poderão reabrir as turmas, com limitação de 35% da sua capacidade;
- Espaços públicos e condomínios particulares seguirão restritos;
- limitação de 25% (vinte e cinco por cento) da capacidade de atendimento simultâneo;
- A construção civil iniciará as atividades a partir das 8h.
"Continuamos o isolamento social, ele tem mostrado efeitos importantes, mas o isolamento depende de cada cidadão. Então resolvemos informar que mantemos o isolamento social, vamos ter toque de recolher das 20h às 5h. O isolamento rígido continua nos fins de semana", disse Camilo Santana.
O governador informou que o decreto com as novas normas deverá ser publicado ainda neste sábado, no Diário Oficial do Estado (DOE). De acordo com Camilo Santana, é possível fazer a reabertura neste momento em decorrência de três fatores: as tendências de reduções de casos confirmados de Covid-19, na procura assistencial em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e na transmissão viral.
Além disso, foi permitido que as instituições religiosas funcionem com até 10% de sua capacidade. As escolas de educação infantil também poderão ampliar o funcionamento para crianças com 4 e 5 anos de idade. Estudantes do primeiro e segundo anos do ensino fundamental poderão retomar as atividades presenciais, contudo, as escolas precisam limitar a ocupação a 35% do espaço disponível.
Os setores do comércio e de outras áreas afetadas pelo fechamento do comércio vinham pressionando o governo pela retomada da economia, alegando crise na área e desemprego. Com a reabertura, a indicação do governador é de que os estabelecimentos comerciais e de serviços liberados permitam a presença de até 25% do público."O decreto não se faz apenas no papel. Cabe a cada um de nós termos a compreensão e a colaboração, porque quanto mais rápido sairmos dessa situação, melhor para todos os irmãos e irmãs cearenses", disse o governador.
Razões para reabertura
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Durante a transmissão ao vivo, o governador e o secretário da Saúde, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto, informaram que há tendências de queda em diversos indicadores, o que possibilitaria que os serviços não essenciais pudessem ser retomados, com todas as medidas e protocolos sanitários defendidos.
O anúncio da reabertura ocorre um dia após o estado do Ceará registrar o maior número diário de óbitos por Covid-19 desde o início da pandemia. Foram 346 novos registros de falecimentos adicionados à plataforma IntegraSUS nessa sexta-feira (9). As mortes podem ter acontecido em dias ou semanas anteriores, mas foram registradas apenas nesta data.
"Quando analisamos os últimos dias, tivemos, sim, um número maior de óbitos, mas eles estão paulatinamente reduzindo, o que mostra uma tendência de estabilidade no atendimento à pandemia no estado do Ceará", disse Cabeto.
O secretário avaliou que há redução gradual no número de casos confirmados por Covid-19 em UPAs cearenses, embora esses indicadores ainda se mantenham no platô. Na epidemiologia, o platô significa uma estabilidade com altos números, por exemplo, um pico estendido; ele ocorre quando os índices se mantêm altos por um certo período de tempo, até que inicia-se o processo de queda.
O governador pontuou que "há uma tendência de redução de casos, na procura assistencial, tendência [de queda] também na transmissão viral. Lembrando que a situação continua de alerta e não podemos relaxar um minuto em relação à pandemia", afirmou.
Aumento nas mortes por Covid
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As medidas restritivas duraram quatro semanas em Fortaleza e três semanas nas demais cidades cearenses. Elas foram determinadas após o crescimento acelerado nas mortes e contaminações por Covid-19. Mesmo no contexto de lockdown, o número de óbitos continua alto no estado.
G1CE
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