“O Reino da Glória” é produzido por estudantes da Universidade Federal do Cariri e explora a personagem para além do empreendimento que marcou a cidade do Crato por décadas
Tudo começou por meio de uma pesquisa. Natural do Cariri, Cibele sempre ouviu falar de Glória, dos causos ligados a ela e de pessoas que frequentavam o cabaré. Mas nunca aprofundou nenhum desses assuntos. Até que, instigada pelo professor Rodrigo Capistrano, da disciplina de Laboratório de Telejornalismo, decidiu que era hora de mergulhar.
“Glorinha me veio à mente imediatamente. Era algo que eu tinha curiosidade, costumava ler. Mas trabalhar mesmo, foi com o documentário”. O projeto é um curta-metragem. Havia desejo de fazer algo maior, mas, por ser um trabalho de faculdade, o curto tempo para execução definiu os rumos da iniciativa.
Nada que comprometa a qualidade do filme, porém. “O Reino da Glória” conta a história de Glorinha e do cabaré tocado por ela, mas é muito mais focado no lado pessoal da personagem. Quem ela era fora do cabaré? Por que era considerada uma rainha? Ela era mãe? Câmeras e microfones em riste para elucidar essas questões.
Quem foi entrevistado
A primeira pessoa contatada foi Otonite Cortez, nora de Glorinha. Segundo Cibele, ela foi muito receptiva, permitindo prontamente a feitura do documentário. “Me entregou mais de 200 fotos que eram da própria Glorinha. A partir disso, fomos construindo nossa narrativa”.
Outras pessoas entrevistadas foram Wladimir Carvalho, filho de uma das mulheres que trabalharam com Glorinha; Kaika Luiz, amigo da cratense; e o professor de história da Universidade Regional do Cariri, Iarê Lucas. Com este, ficou a missão de contextualizar historicamente como eram os cabarés daquela época, em que perspectiva estavam inseridos
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