Às vésperas do início da campanha eleitoral, pesquisa realizada pelo Instituto Opnus e divulgada, com exclusividade, pelo Diário do Nordeste indica quais são as políticas públicas consideradas prioritárias pelos eleitores cearenses para as suas cidades.
Os entrevistados foram questionados sobre quais ações consideram mais importantes em três áreas: Saúde, política para Mulheres e Juventude. Entre as demandas citadas estão a diminuição das filas para consultas e exames, o aumento das vagas de creche e a geração de empregos e estágios voltados para os jovens.
A saúde pública já havia sido definida como o tema que o eleitor cearense mais espera que seja discutido nestas eleições. Para essa área, 30% exige que a prioridade seja a diminuição do tempo de espera para realização de consultas e exames. A contratação de mais profissionais de saúde — escolhida por 27% — e a diminuição na espera para cirurgias — citada por 20% — também foram apontadas como prioritárias
Quando se trata de políticas para as mulheres, a prioridade dos cearenses é o aumento nas vagas em creches como forma de facilitar o ingresso delas no mercado de trabalho: 33% dos entrevistados escolheram essa como a ação mais importante a ser feita. O enfrentamento à violência contra a mulher e políticas de geração de emprego voltada para o gênero também foram citadas como prioritárias pelos cearenses — com índices de 29% e 21%, respectivamente.
As políticas de emprego para jovens são as ações prioritárias da maioria dos cearenses — 29% apontam essa como a política pública mais importante para a Juventude nas cidades. O acesso ao Ensino Superior ou a cursos profissionalizantes é prioridade para 21% dos entrevistados, enquanto as campanhas contra drogas foram escolhidas por 20%.
Diferença no perfil do eleitor
Diretor técnico do Instituto Opnus, Pedro Barbosa aponta que existe uma "nuance" na escolha dos cearenses. "Existem diferenças bastante interessantes dentro dos diferentes segmentos da população. Ou seja, as opiniões das pessoas não são homogêneas", pontua.
"Existe essa nuance na opinião das pessoas. É natural. A gente tem realidades de vida diferentes na capital e no interior do estado, e a realidade de uma pessoa de 20 anos ou um adulto que ali tá começando uma família é diferente, já que uma pessoa aposentada, que tem outras preocupações".
Um dos exemplos citados por ele são as diferenças nas prioridades apontadas por eleitores que moram em cidades do interior cearense e aqueles que vivem em Fortaleza ou na Região Metropolitana.
No Interior, as políticas voltadas para a geração de emprego para mulheres são prioridade para 27% dos entrevistados — um percentual bem maior do que os índices da Capital (13%) ou da RMF (17%).
A mesma diferença se repete quando se trata da geração de empregos para os jovens: 33% dos entrevistados do Interior consideram essa ação prioritária. O percentual é superior ao de Fortaleza e da RMF, em que essa ação é considerada prioritária para 25% e 23% da população, respectivamente.
Na Capital, quando se trata de políticas para as mulheres, a prioridade é o enfrentamento à violência contra elas — com 38% dos eleitores fortalezenses apontando a importância dessa ação. Já para a Região Metropolitana, prevalece a demanda de aumento das vagas em creches — 38% disseram que essa é a ação prioritária para as suas cidades.
O que as mulheres e os jovens querem?
A pesquisa apontou diferença também das prioridades de acordo com o gênero e com a faixa etária do eleitor.
Quando indagadas sobre quais as prioridades nas políticas para as mulheres, as cearenses acompanharam a tendência do estado: 35% demandam o aumento das vagas nas creches. Por outro lado, a maioria dos homens entrevistados afirmam que consideram o enfrentamento à violência contra a mulher prioritário — um total de 34%.
Também existem diferenças no que os jovens querem para si e o que eleitores de outras faixas etárias consideram prioritário nas políticas públicas de Juventude.
Diferente da média estadual — que apontou as políticas de emprego como prioridade para os cearenses —, para os jovens de 16 a 24 anos a prioridade é a promoção do acesso ao ensino superior ou a cursos profissionalizantes. Essa ação é apontada como a mais importante por 33% dos entrevistados nessa faixa etária.
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