A tríplice coroa está a um passo de um esfomeado Atlético-MG. Já campeão mineiro e do Brasileiro, a temporada de 2021 por si só já é histórica para o Galo. Mas a chance de faturar a Copa do Brasil surge apetitosa para quem tem fome de títulos. O primeiro passo foi dado diante de quase 60 mil torcedores que lotaram o Mineirão e não tardaram para soltar o grito de “campeão”: uma goleada impiedosa por 4 a 0 sobre um frágil Athletico, que não viu a cor da bola. A menos que um desastre ocorra, a taça ficará em Minas Gerais.


Campeão do torneio em 2014, a busca pelo bi — mais um nesta temporada — passa pelos 90 minutos do jogo de volta, na próxima quarta-feira, às 21h30, na Arena da Baixada, em Curitiba. Não há o critério de "gols fora". Até uma derrota por três gols de diferença dá o troféu para a equipe de Hulk, Keno, Vargas e outros heróis que desenharam uma temporada memorável.

Noite inesquecível para o ídolo Hulk, que segue mostrando porque é o principal jogador do futebol brasileiro nesta temporada. Eleito craque e artilheiro do Brasileirão, aproveitou para ampliar a vantagem como goleador desta Copa do Brasil ao abrir o placar no Mineirão, de pênalti — agora são sete gols. A penalidade à favor do Galo foi discutível, mas, na verdade, só adiantou o que parecia inevitável.

Elétrico, o Atlético-MG aproveitava um pulsante Mineirão para fazer valer os 88% de aproveitamento no estádio — o Galo perdeu apenas uma vez no Gigante da Pampulha na temporada, na 1ª rodada do Brasileiro, para o Fortaleza. Ao todo, também soma 32 vitórias e cinco empates pelo Mineiro, Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil.

Esse fator foi aproveitado por Keno, que segue vivendo momento mágico com a camisa atleticana. Autor dos gols da virada e título sobre o Bahia, agora também tem papel decisivo na decisão da Copa do Brasil. Um chute de muita categoria para vencer o goleiro Santos foi o suficiente para abrir o 2 a 0. E pensar que o atacante poderia ter saído pro Grêmio, em agosto.

— Quando a fase é boa a gente tem que aproveitar. Entramos determinados para ganhar o jogo — brincou.

A tranquilidade de Cuca, que mantém a escrita de jamais ter sido derrotado atuando em casa em competições de mata-mata pelo Galo, contrastava com a irritação de Alberto Valentim, que pouco teve alternativas para evitar que o Athletico fosse dominado. A todo momento chamava o capitão Thiago Heleno para dar instruções e tentar achar caminho para a reação. Não deu. Por sinal,o zagueiro recebeu o terceiro amarelo e está suspenso. Não joga a volta.

Ontem, até o que dava errado acabava dando certo para o Galo. Quando Diego Costa deixou o gramado lesionado no início da partida, Vargas entrou no seu lugar. Curiosamente, foi o chileno quem aproveitou para marcar o terceiro e o quarto gols para deixar o Atlético-MG com uma mão na taça.

O torcedor atleticano que foi tão comedido no Brasileiro e evitou soltar o grito de “é campeão” antes do título ser matematicamente confirmado, foi a forra antes mesmo do jogo de volta na Copa do Brasil. Sinal de uma final onde apenas uma equipe jogou e provavelmente será a campeã.

Além de buscar o segundo título da competição, as equipes também almejam a premiação de R$ 56 milhões de reais.


Por Extra