Em relação ao cenário epidemiológico atual, o levantamento mostra predomínio de situação estável nos 184 municípios cearenses. Os registros de novos casos e de óbitos em decorrência da Covid-19 permanecem abaixo da média endêmica, aquela observada durante o intervalo entre a primeira e a segunda onda da doença no Estado.
Entre 25 e 29 de dezembro, o Ceará acumulou média móvel de 45,8 novos registros diários de contaminações. Foi o menor índice para um intervalo de cinco dias desde o começo da pandemia, conforme ilustram gráficos disponibilizados no estudo. No mesmo período, duas mortes foram registradas. Atualmente, a taxa de letalidade, que mede a proporção de óbitos para o universo total de contaminados, é de 0,6%.
Apesar dos baixos indicadores a nível estadual, o estudo do Cisec faz um alerta sobre a escalada de atendimentos relacionados a problemas respiratórios nas unidades de assistência à Saúde de Fortaleza. “No momento a maior parte da procura está relacionada à Influenza H3N2, a exemplo do que ocorre em outros estados do Brasil, mas já há inúmeros relatos não oficiais que apontam para uma exacerbação no número de casos de Covid-19 nos extratos sociais de alta renda da Fortaleza”, observa, embora não apresente números específicos da Capital.
Considerando todos os municípios do Estado, nos últimos 15 dias, a média diária de atendimentos a pacientes com sintomas de Covid-19 nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ficou acima de mil, o dobro do acumulado registrado durante o mês de novembro. Até a noite desta quinta-feira, 30, a taxa de internação nos leitos de UTI estava em 45,71%, um pouco acima daquela registrada há sete dias (39,25%). No mesmo intervalo, também houve acréscimo na ocupação das vagas de enfermaria, indo de 21,32% para 38,81%.
Por O Povo
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