Pesquisa Ipec, divulgada hoje pelo portal g1 e pela GloboNews, mostra que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem ampla vantagem frente aos adversários e poderia vencer a eleição para a Presidência da República em primeiro turno. No principal cenário analisado, o ex-presidente aparece com 48% dos votos e todos os outros candidatos juntos somam 38%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
No segundo cenário analisado — com apenas 5 concorrentes ao Planalto — o petista aparece com 49% dos votos, enquanto os outros candidatos juntos novamente somam 38%.
Para vencer uma eleição em primeiro turno, o candidato precisa ter 50% mais um dos votos válidos (não contam os votos em branco ou nulo). Levando em conta essa sistemática adotada pela regra eleitoral no Brasil, Lula tem 56% dos votos válidos nos dois cenários considerados pelo Ipec.
Em ambos os cenários, somando-se intenções de votos brancos e nulos, o petista aparece com 27 pontos percentuais à frente do segundo colocado, o presidente Jair Bolsonaro (PL).
É a primeira pesquisa depois da filiação do ex-ministro Sergio Moro pelo Podemos. Como o cenário é bem diferente do testado pelo instituto em setembro, pesquisa mais recente anterior à de hoje, não há base de comparação.
No primeiro cenário, com 12 candidatos, o ex-presidente tem 48% das intenções, ficando dez pontos à frente dos adversários somados.
No segundo cenário, com apenas cinco nomes, Lula tem 49% das intenções de votos, enquanto seus adversários somados tem 38%. Considerando a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, o petista poderia chegar a 51% em números absolutos.
A pesquisa do Ipec foi feita entre 9 e 13 de dezembro e ouviu 2.002 pessoas em 144 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O Instituto Ipec foi criado por ex-executivos do Ibope Inteligência, encerrado em janeiro deste ano.
Confira os números:
Cenário 1: primeiro turno com 12 candidatos
- Lula (PT): 48%
- Jair Bolsonaro (PL) : 21%
- Sergio Moro (Podemos): 6%
- Ciro Gomes (PDT): 5%
- André Janones (Avante): 2%
- João Doria (PSDB): 2%
- Cabo Daciolo (PMN-Brasil 35): 1%
- Simone Tebet (MDB): 1%
- Alessandro Vieira (Cidadania): 0%
- Felipe d'Ávila (Novo): 0%
- Leonardo Péricles (UP): 0%
- Rodrigo Pacheco (PSD): 0%
- Brancos / Nulos: 9%
- Não sabem / Não responderam: 5%
Cenário 2: primeiro turno com 5 candidatos
- Lula (PT): 49%
- Jair Bolsonaro (PL) : 22%
- Sergio Moro (Podemos): 8%
- Ciro Gomes (PDT): 5%
- João Doria (PSDB): 3%
- Brancos / Nulos: 9%
- Não sabem / Não responderam: 5%
Perfil do eleitor
De acordo com o Ipec, os votos para Lula são mais expressivos entre quem avalia o governo de Jair Bolsonaro como ruim ou péssimo (68%); quem mora no Nordeste (63%); quem mora nas periferias das capitais (55%); e entre católicos (54%).
Além disso, a pesquisa mostra que as intenções de voto no petista são maiores quanto menor a renda familiar mensal dos entrevistados. De forma que o índice de intenção de votos é de 32% entre aqueles cuja renda é de cinco salários mínimos, e atinge 57% entre quem tem renda familiar de até um salário mínimo. Entre os entrevistados com nível superior, Lula tem 40% dos votos, e entre os com ensino fundamental o índice é de 55%.
Já Bolsonaro é mais popular entre os que avaliam sua administração como ótimo ou boa (75%); quem mora nas regiões Norte/Centro-Oeste (29%) e Sul (27%); e entre os evangélicos (33%) —grupo no qual aparece tecnicamente empatado com Lula.
De acordo com o Ipec, a escolha pelo atual presidente aumenta quanto maior a renda familiar mensal e escolaridade dos entrevistados. Passando de 14%, entre quem tem renda de até um salário mínimo, para 30%, entre aqueles que ganham acima de cinco salários. Além disso, Bolsonaro tem 18% das intenções entre os eleitores com ensino fundamental e chega a 25% entre os mais escolarizados.
Já o ex-ministro Sergio Moro se destaca entre os eleitores residentes na região Sul (11%). O Ipec informou, ainda, que os outros candidatos mencionados têm intenções de voto distribuídas de maneira homogênea.
No mesmo levantamento, a reprovação ao governo Bolsonaro alcançou 55%.
Por UOL
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