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Gestores ressaltam a experiência com campanhas de vacinação de outras doenças como indicativo de boa operacionalização e preparo de equipes
Em meio a um cenário de incertezas sobre o início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, prefeitos cearenses aguardam definições dos governos Federal e Estadual para começarem a elaborar seus planos operacionais para vacinação contra a infecção do novo coronavírus. Sem datas definidas e prazos a serem cumpridos, eles esperam o sinal verde para coordenar e executar as ações de imunização nos territórios pelos quais são responsáveis. A expectativa é que as primeiras doses cheguem em 2021, direcionadas a grupos prioritários, como profissionais da saúde e indígenas, conforme anúncio do Ministério da Saúde.
Com expertise em imunização de outras doenças previstas no calendário nacional de vacinação, assegurado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e aplicado pelas unidades básicas (UBS) da rede municipal, os gestores ouvidos pela reportagem acreditam que os profissionais da área, nas redes municipais, não enfrentarão dificuldades para manusear os imunobiológicos.
No entanto, eles reconhecem que será necessário capacitá-los, dadas as especificidades que a vacina da Covid-19 deve ter, como a conservação em câmaras refrigeradas que atinjam baixíssimas temperaturas. Porém, sem informações técnicas efetivas, dizem que ainda não há o que fazer.
O prefeito de Iguatu, Ednaldo Lavor (PSD), reeleito em 2020, destaca que aguarda as orientações da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) para planejar uma estratégia. “Precisamos ver a logística da vacina e seguir as orientações, (as definições do) grupo prioritário”, pontuou.
O prefeito do Crato, Zé Ailton Brasil (PT), também reeleito, diz que irá seguir o calendário do Estado. “Vamos seguir o calendário do Estado, que tem feito um plano de vacinação seguindo o que é determinado pelo Governo Federal”, afirma.
Ele acrescenta que ainda tem dinheiro em caixa de verba do Governo Federal para combater a pandemia e que irá destinar para o “que for necessário” com a vacinação.
Com uma baixa arrecadação própria e sem condições de comprar mais insumos básicos, os prefeitos receberão seringas e agulhas para aplicar o imunizante adquiridas pelo Governo do Estado, e câmaras de conservação oriundas do Governo Federal. “Estamos aguardando um posicionamento do Ministério da Saúde e da Sesa”, disse a prefeita de Quixelô, Fátima Gomes (PT), gestora do menor município da região Centro-Sul.
Por Diário do Nordeste
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