quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

PIB municipal: saiba quais são as 10 cidades mais ricas do Ceará


Levantamento divulgado pelo IBGE e pelo Ipece mostra que a Capital cearense vem perdendo participação no PIB do Estado ao longo dos ano

Produto Interno Bruto (PIB) de Fortaleza cresceu nos últimos anos, mas perdeu espaço na participação das riquezas produzidas pelo Estado. De acordo com levantamento divulgado hoje (16) pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica (Ipece) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a atividade econômica da Capital cearense somou R$ 67 bilhões em 2018, 43% do PIB do Estado.

Em 2002, o PIB de Fortaleza somava R$ 13,4 bilhões, 46,7% do total produzido pelo Ceará. Os números mostram uma descentralização das riquezas de Fortaleza para o restante do Estado, mas as cidades mais ricas ainda estão, sobretudo, na Região Metropolitana.

O levantamento, que considera a atividade nos 184 municípios cearenses, mostra que o segundo maior PIB em 2018 foi observado em Maracanaú (R$ 10,4 bilhões), seguido por Caucaia (R$ 5,07 bilhões).

Top 10: as maiores economias do Estado

  1. Fortaleza (R$ 67 bilhões)
  2. Maracanaú (R$ 10,4 bilhões)
  3. Caucaia (R$ 5,07 bilhões)
  4. Juazeiro do Norte (R$ 4,8 bilhões)
  5. Sobral (R$ 4,7 bilhões)
  6. São Gonçalo do Amarante (R$ 4,22 bilhões)
  7. Eusébio (R$ 2,47 bilhões)
  8. Aquiraz (R$ 1,9 bilhão)
  9. Horizonte (R$ 1,7 bilhão)
  10. Itapipoca (R$ 1,6 bilhão)

Enquanto Fortaleza perdeu participação, os municípios de São Gonçalo do Amarante e Caucaia ampliaram sua presença na atividade econômica cearense, chegando a 2,71% e 3,26% em 2018, respectivamente.

O analista de políticas públicas do Ipece, Daniel Suliano, destaca que os ganhos são explicados, em grande parte, pela instalação e desenvolvimento da atividade industrial na região.

"Os ganhos devem-se, em grande parte, ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém, situado entre esses dois municípios e que vem atraindo novas indústrias para aquela região", detalha.

PIB per capita

O estudo divulgou ainda as cidades com o maior PIB per capita (divisão do PIB pelo número de habitantes) do Ceará. O principal destaque é São Gonçalo do Amarante, com R$ 87,08 mil. O município cearense ficou entre os 100 maiores PIBs per capita do País (95ª colocação).

Veja o ranking:

  1. São Gonçalo do Amarante (R$ 87,08 mil)
  2. Eusébio (R$ 46,8 mil)
  3. Maracanaú (R$ 46,2 mil)
  4. Horizonte (R$ 25,7 mil)
  5. Fortaleza (R$ 25,3 mil)
  6. Aquiraz (R$ 24,6 mil)
  7. Penaforte (R$ 23,5 mil)
  8. Sobral (R$ 23,1 mil)
  9. Quixeré (R$ 19,1 mil)
  10. Pereiro (R$ 18,9 mil)

Em contrapartida, cidades como Pires Ferreira, Tejuçuoca, Caridade, Catarina e Itatira, conforme destaca Suliano, apresentam os menores níveis de atividade econômica per capita do Estado. "Em 2020, pode ser que a gente dobre o PIB per capita de Pires Ferreira só com o auxílio emergencial", detalha ele. O PIB per capita de Pires Ferreira em 2018 foi de R$ 5,3 mil.

Para o supervisor de Disseminação de Informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Helder Rocha, o levantamento serve de base para o direcionamento de investimento público para promoção de regiões mais carentes.

"Nós observamos que São Gonçalo disparou ao longo dos últimos anos e hoje possui o 95º maior PIB per capita entre os municípios brasileiros", pontua Helder Rocha.

Agropecuária, indústria e serviços

O estudo também mostra os municípios que se destacam considerando os setores que compõem o PIB. Na Agropecuária, se sobressaíram as cidades de Beberibe, com produção de castanha, ovos e camarão; e Limoeiro do Norte, com produção de frutas como melão, melancia e pecuária irrigada.

Em relação à indústria, o destaque fica com Fortaleza, Maracanaú e São Gonçalo. Suliano pontua, porém, o crescimento da participação de Trairí, que recebeu nos últimos anos investimento para a instalação de parques eólicos.

No setor de serviços - excluindo a adminsitração pública -, Fortaleza, Maracanaú, Sobral e Juzeiro do Norte continuam mantendo posição de destaque, de acordo com o estudo.

Por Diário do Nordeste

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