terça-feira, 30 de novembro de 2021

Agronegócio: Grupo paranaense compra 5 mil hectares no Cariri


Intenção dos sulistas é comprar mais 5 mil hectares para produzir hortifrutis. E mais: 1) Agência do Recife ganha conta do Beach Park; 2) Expectativa com eleição de hoje na Faec; 3) Na Fiec, água extraída da umidade do ar

Secretário Executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), o agrônomo Sílvio Carlos Ribeiro reuniu-se ontem com 15 empresários do setor, aos quais transmitiu as seguintes informações:

Primeira: um grupo empresarial do Paraná está comprando uma área de 5 mil hectares na região do Cariri, onde produzirá hortifrutis. Aos paranaenses, a Cogerh presta consultoria sobre a disponibilidade de água na região, mas já se sabe que no seu subsolo há um aquífero capaz de garantir oferta hídrica suficiente para irrigar o projeto do grupo, cujo investimento não foi revelado.

Segunda: Está pronto o projeto arquitetônico do Centro de Cultivo Protegido, que será implantado em Barbalha, na área hoje ocupada pela antiga e desativada Usina de Açúcar. De autoria do arquiteto Nelson Serra, o projeto será proximamente licitado pela Superintendência de Obras Públicas (SOP). Quanto ao projeto de negócios daquele centro, o secretário Sílvio Carlos Ribeiro informou que ele está sendo elaborado pelo Sebrae do Ceará. No terreno onde o Centro será construído, foram perfurados dois poços profundos, cada um com 100 metros, apresentando ambos uma vazão de 60 mil litros/hora. Uma das características que terá o Centro de Cultivo Protegido será o pouquíssimo uso de água, o que, aliás, é comum nas culturas desenvolvidas sob estufas.

Terceira: o empresário José Roberto Nogueira, CEO da Brisanet, que também atua no agronegócio (cultiva, na zona rural de Pereiro, frutas e produz polpa de várias espécies, como manga, caju, tangerina, tamarindo, cajá, goiaba e graviola) já demonstrou interesse de celebrar algum tipo de convênio para conhecer e usar as tecnologias do Centro de Cultivo Protegido de Barbalha.

Quarta: Será licitado, “muito brevemente”, o projeto do Entreposto de Pesca de Paracuru, que servirá, principalmente, para receber e agregar valor ao atum capturado pelos pescadores do litoral Norte do Ceará. Esse entreposto será cedido, em comodato, à empresa espanhola Crusoé, que hoje beneficia todo o atum e afins fisgados pelos pescadores cearenses.

Quinta: apesar de ser um setor da economia cearense em constante crescimento, a avicultura não integra o conjunto de Câmaras Setoriais da Sedet. Em 2022, todavia, os empresários da área avícola deverão criar sua Câmara Setorial.

FAEC: UM DIA DE EXPECTATIVA

Hoje, 30 de novembro, realizam-se eleições para a renovação da diretoria da Federação da Agricultura do Ceará (Faec).

Trata-se da principal entidade sindical patronal do setor primário da economia do Ceará.
 
Conhecida por suas longevas gestões, a Faec, já sofrendo de fadiga do material, poderá experimentar, depois da eleição desta terça-feira, uma radical mudança administrativa.
 
Neste momento pré-eleitoral, o que há junto aos produtores rurais do Ceará e também junto ao empresariado de outras áreas da economia cearense é muita expectativa sobre o que dirão as urnas, nas quais serão depositados os votos dos delegados de cada sindicato rural. 

Por Duario do Nordeste

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