Além de refletir sobre como a população precisa entender o que são direitos humanos, em entrevista ao Diário do Nordeste, o professor, advogado, jurista, filósofo e escritor Silvio Almeida listou uma série de iniciativas que tem gerenciado no ministério para atender às pessoas de forma prática, ligando pastas que tratam de direitos básicos como Educação, Saúde e Segurança, mas citou uma que, segundo ele, é a sua “menina dos olhos”, uma Rede Nacional de Direitos Humanos. “Num tem o SUS? Não tem o sistema da cultura? Por que a gente não pode ter um Sistema Nacional de Direitos Humanos?”.
Ao longo da entrevista, o ministro lamentou a tentativa de chacina que vitimou uma mulher, uma criança e deixou mais 8 crianças e adolescentes baleados em Fortaleza e afirmou que o "Brasil é um país em que não se respeitam os direitos humanos, por isso a necessidade de você ter uma Política Nacional de Direitos Humanos". Para ele, um dos grandes desafios do Brasil é retomar o controle do território nacional que vive em constante disputas muito além do tráfico de drogas, passando também por questões como o garimpo e a extração de madeira.
Silvio Almeida, autor do livro Racismo Estrutural, falou sobre a necessidade de se pensar o combate ao racismo no processo educacional dos estudantes, lembrando que o tema não interessa apenas às pessoas negras, mas à sociedade inteira. “Se a gente quer transformar o Brasil, se a gente quer construir as bases para uma educação nacional voltada ao desenvolvimento social, então precisamos agora pensar em como transformar as pessoas e, portanto, o combate ao racismo é elemento que tem que transformar as pessoas no Brasil. O racismo tem que ser inadmissível para nós, ele tem que ser algo que mereça todo o nosso repúdio. O racismo é algo que nos impede, inclusive, de nos desenvolver”.
Confira a entrevista
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