Quatro homens foram presos nesta
quarta-feira (21) em matadouros clandestinos em Jardim, no interior do Ceará,
locais onde era vendida carne imprópria para consumo. Quatrocentos quilos de
carne e linguiça encontros no local foram destruídos, conforme o delegado Reni
Rocha.
O Ministério Público catalogou as
denúncias sobre as irregularidades no local e comunicou à Polícia Civil de
Jardim, em uma investigação iniciada há um ano. A ação que fechou os locais foi
realizada nesta quarta-feira em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária
do Ceará (Adagri).
Os presos são suspeitos de cometer
crime contra a relação do consumo. De acordo com a polícia, não se pode expôr à
venda alimentos ou produtos sem condições de consumo, o que fere o direito do
consumidor.
Conforme a Polícia Civil, dois
presos eram funcionários dos estabelecimentos clandestinos e outros dois eram
comerciantes da cidade que compravam carne em condições precárias para
abastecer frigoríficos de Jardim, município de aproximadamente 28 mil
habitantes.
Prefeitura
notificada
"Já acionamos órgãos
ambientais, como Semace, e vamos ouvir representantes da Prefeitura de Jardim
para saber se era do conhecimento da gestão essa situação ou não. Sem falar que
quem vende esse tipo de alimento comete crime previsto no artigo 7 da Lei
8.137/90", afirmou o delegado Reni Rocha.
O fiscal agropecuário da Adagri
Roger Henrique disse que cães e gatos de rua "lambiam" as carnes que
seriam vendidas. "Um risco de saúde pública."
Os matadouros não tinham alvará de
funcionamento, nem contavam com a presença de um médico veterinário, que é
necessário para acompanhar se os animais para o abate estão doentes ou em boas
condições. Roger afirma ainda que a investigação continua. "Essa é só
parte de uma operação muito maior. Continuamos de olho nos matadouros do
Cariri, que estejam na cidade ou na zona rural."
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