Ameaçado por uma iminente prisão, Bolsonaro agora tenta se refugiar na mesma democracia que tentou destruir
Com o avanço das investigações da Operação Tempos Veritatis sobre a tentativa de golpe de Estado no país, Jair Bolsonaro teme uma cada vez mais provável prisão por inúmeros crimes cometidos contra a democracia. Trata-se de um escárnio incomensurável, portanto, a convocação do inelegível a seus seguidores para um ato, no próximo dia 25, na Avenida Paulista, em São Paulo, “em defesa do Estado de Direito”. O mesmo Bolsonaro que tramou para romper a ordem institucional e insuflou apoiadores a atacarem com ferocidade as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2022.
Bolsonaro nunca conheceu as “quatro linhas” da Constituição, como ele se referia à Carta Magna que dá sustentação ao Estado de Direito repetidamente atacado por ele. Afinal, o extremista pautou toda sua vida pública pela defesa da ditadura e de seus torturadores, pela insubordinação à hierarquia militar, motivo pelo qual foi expulso do Exército, pelas constantes ameaças às instituições, sobretudo ao Supremo Tribunal Federal (STF) durante seu famigerado governo.
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