sábado, 4 de setembro de 2021

iBolsonaro mudou comando das rachadinhas após descobrir que esposa o traía com o segurança, diz ex-funcionário

De acordo com o ex-funcionário, Bolsonaro passou o comando dos esquemas para os dois filhos ao descobrir a traição de Ana Cristina com o bombeiro que fazia a segurança da família

O ex-funcionário da família Bolsonaro, Marcelo Luiz Nogueira, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria passado a responsabilidade pela operação dos esquemas de rachadinha para os filhos, Flávio e Carlos Bolsonaro, após descobrir a traição da ex-esposa, Ana Cristina Valle. Nogueira já havia revelado como funcionavam os esquemas de rachadinha nos Gabinetes de Flávio, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, e de Carlos Bolsonaro, na Câmara dos Vereadores. O ex-assessor, inclusive, apontou Ana Cristina Valle como a predecessora de Fabrício Queiroz no comando do suposto esquema de corrupção.

Segundo Nogueira, que chegou a trabalhar por 14 anos próximo à família em diferentes cargos, Bolsonaro resolveu passar o comando das rachadinhas para os filhos, ao descobrir que Ana Cristina Valle o traía com seu segurança, o bombeiro militar Luiz Cláudio Teixeira. "Quando Bolsonaro ia para Brasília, ele me pedia para dormir na casa lá. Então foi nesse período que eu dormia lá que ela começou a botar o Luiz (o suposto amante) para dentro de casa. Eu não podia contar para ele, porque eu tinha a confiança dos dois, fiquei numa sinuca sem saída”, revelou Marcelo em entrevista ao jornal Metrópoles.

Após a separação conturbada de Bolsonaro e Ana Cristina, em agosto de 2007, Nogueira foi exonerado do cargo de assessor. Procurado pelo então deputado Bolsonaro, o ex-funcionário aceitou o cargo de empregado doméstico na casa de Ana Cristina Valle, passando a morar no local e a cuidar do filho do casal, Jair Renan.

Macelo Luiz Nogueira trabalhou para Ana Cristina Valle ainda entre os anos de 2014 e 2021, quando pediu demissão por não receber o salário acordado com a advogada. Nogueira denunciou Ana Cristina por violações trabalhistas no Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal e decidiu contar os supostos crimes que testemunhou enquanto trabalhava para o clã.

  • Bolsonaro recorre da decisão de Fachin sobre investigações de ofício pelo STF
O presidente Jair Bolsonaro entrou nesta sexta-feira, 3, com um agravo regimental contra a decisão individual do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou a ação proposta pelo governo para proibir a Corte de abrir investigações de ofício com base em seu regimento interno e sem o aval do Ministério Público Federal.
Assim como a ação, o recurso também é assinado em conjunto pelo presidente e pelo Advogado-Geral da União, Bruno Bianco. O governo sugere duas alternativas: que Fachin reconsidere a própria decisão ou envie o processo para julgamento no plenário.
Ao longo de 15 páginas, a Advocacia Geral da União (AGU) argumenta que ação preenche todos os requisitos formais "para o seu conhecimento e regular processamento".
"Embora se refira a decisões concretas, o ajuizamento da petição inicial está fartamente justificado no plano abstrato, pois busca neutralizar lesões constitucionais indeterminadas, que poderão advir em qualquer momento futuro, tendo em vista os cinco problemas identificados na inicial quanto à aplicação do artigo 43 do RISTF", diz um trecho do agravo.
O governo questiona o artigo 43 do regimento interno do Supremo, segundo o qual "ocorrendo infração à lei penal na sede ou dependência do Tribunal, o Presidente instaurará inquérito, se envolver autoridade ou pessoa sujeita à sua jurisdição". A norma foi usada, por exemplo, para instaurar o inquérito das fake news.
A AGU argumenta que o texto viola preceitos fundamentais, como os princípios acusatório, da vedação de juízo de exceção e da segurança jurídica. A pasta cita especificamente o inquérito das fake news e o que chama de "excessos" cometidos durante a investigação criminal conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes.
Aberta em março de 2019 para apurar notícias falsas, ofensas e ameaças dirigidas aos integrantes do Supremo Tribunal Federal, a apuração atingiu o Presidente da República, que passou a ser investigado sob o mesmo guarda-chuva que a militância bolsonarista após recorrentes ataques ao sistema eletrônico de votação.
Ao embargar a investida do presidente, Fachin disse que o tema já foi enfrentado pelo plenário do STF no julgamento que bateu o martelo sobre a constitucionalidade da investigação das fake news, em meados do ano passado. O entendimento é compartilhado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, que se manifestou contra uma ação semelhante do PTB para rediscutir a norma.


Avaliação negativa do governo vai a 50,6%, diz pesquisa ModalMais/APExata

A popularidade do governo Jair Bolsonaro apresentou piora nesta semana. De acordo com pesquisa do banco ModalMais em parceria com a AP Exata, adiantada ao Broadcast Político, o porcentual de pessoas que avaliam a gestão federal como ruim ou péssima subiu de 50,3% para 50,6% nos últimos sete dias, enquanto aqueles que veem o governo como bom ou ótimo cederam de 28,2% para 27,5%. A avaliação regular, por sua vez, oscilou de 21,5% para 21,9% no mesmo intervalo.

7 de setembro
Segundo a pesquisa, os protestos pró-Bolsonaro convocados para o dia da independência têm encontrado dificuldades de angariar apoio fora da bolha governista. "As manifestações sobre ruptura democrática têm sido periféricas, o que demonstra que o movimento não é golpista", defendem os institutos, que identificaram aumento de 142% nas menções aos evangélicos quando o assunto são as manifestações de 7 de setembro.

Legislativo
O levantamento ainda traz que as resistências no Senado a projetos endossados na Câmara expõem "uma dissonância" entre os presidentes das Casas, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Arthur Lira (PP-AL). "A semana termina revelando que a articulação política do governo está se deteriorando", afirma o relatório.
Nesta semana, o Senado rejeitou a Medida Provisória (MP) da minirreforma trabalhista, endossada pela Câmara. Além disso, nos bastidores, senadores mostram resistência à reforma do imposto de renda, também aprovada pelos deputados.

G1 

Nenhum comentário:

Postar um comentário