Três adolescentes foram apreendidos e uma mulher de 18 anos foi presa por envolvimento no ataque
O motorista de aplicativo que foi roubado e teve o corpo queimado em Caucaia, na Grande Fortaleza, morreu na madrugada deste sábado (5), após 14 dias internado no Hospital Instituto José Frota (IJF), na capital. José Hilker Assunção de Sousa estava em estado grave e com 95% do corpo queimado. O crime ocorreu na noite de 21 de novembro e quatro suspeitos foram capturados.
O motorista foi abordado pelos suspeitos na Rua Campo do Madureira, no Bairro Guajiru. Os criminosos lesionaram José com um objeto perfurocortante, atearam fogo nele e fugiram com o carro.
A esposa da vítima, Gleycyane Araújo, confirmou o falecimento em suas redes sociais.
Logo após o esposo ser internado, ela abriu no Instagram uma campanha para que amigos e familiares possam fazer doações e pediu pensamentos positivos e orações.
José Hilker foi socorrido por moradores e ficou internado no IJF, onde faleceu. Uma familiar do motorista afirmou ao Sistema Verdes Mares que, no dia do crime, pediu que ele não saísse de casa. Ele, no entanto, afirmou que precisava trabalhar para atingir a meta do mês.
Suspeitos apreendidos
Três adolescentes foram apreendidos e uma mulher de 18 anos foi presa por envolvimento no ataque, em 23 de novembro. Os adolescentes, dois de 16 anos e um de 13, são da mesma família.
De acordo com a Polícia, a mulher presa, Maria Valdencleiny Gomes Ferreira, serviu como isca para atrair o motorista, mas não chegou a entrar no carro. Os três adolescentes, que são dois irmãos e um primo, subiram no veículo e seguiram com ele até Caucaia, onde realizaram o assalto.
Durante o percurso, os adolescentes revistaram os objetos da vítima e suspeitaram que ela poderia ser policial. Foi quando, segundo a polícia, os suspeitos retiraram os objetos do motorista do automóvel e utilizaram gasolina que estariam levando para abastecer uma motocicleta para atear fogo na vítima como mostraram as investigações.
Depois, um dos adolescentes de 16 anos levou o carro e o abandonou em Fortaleza.
"Foram as pessoas que entraram no aplicativo e num dado momento anunciaram o assalto e como disse aqui após recolherem os pertences do motorista viram fotos dele fardado e imaginaram que tratava-se de um policial e por isso decidiram atear fogo no corpo da vítima", afirmou o secretário da Secretaria da Segurança Pública (SSPDS), Sandro Caron.
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